A missionária e escritora Dra. Braulia Ribeiro publicou um artigo onde faz duras críticas à exploração da sexualidade feminina como forma de “libertação” das mulheres, um lema pregado com bastante afinco pelo movimento feminista. A antropóloga utilizou como exemplo o evento esportivo americano Super Bowl, citando também personalidades brasileiras como Anitta.
“O intervalo de meio-tempo do Super Bowl, o grande evento do esporte americano, é com certeza o segundo mais caro do mundo na TV. No último domingo, Shakira e J.Lo (Jeniffer Lopez) tiveram a honra de protagonizar os caríssimos 15 minutos do show, disputado sempre pelos melhores artistas do mundo”, introduziu a Dra. Braulia em seu artigo.
Na sequência, a missionária fez uma leitura da apresentação de Shakira e Jeniffer à luz do que tem sido pregado pelo movimento feminista ao longo do tempo, mostrando que há uma contradição entre o ideal de verdadeira valorização da mulher e o que famosos praticam para chamar atenção da sociedade.
“O grande show que elas se esmeraram em produzir me pareceu um ritual pagão de fertilidade, permeado de apelos sexuais vulgares e pautado numa estética religiosa na parte de Shakira – e que se transforma em uma performance inspirada pelo submundo pornô e sadomasoquista quando a cinquentona J.Lo entra no palco”, observou ela.
Dra. Braulia explicou que não se trata de condenar a natural expressão da sexualidade das mulheres, mas sim o que tais personalidades transmitem como mensagem para a sociedade, utilizando os próprios corpos.
“O show faz uma propaganda tosca do que se chama hoje de ’empoderamento feminino'”, destacou a missionária. “Através do apelo pornográfico, que conta com muitas ‘pregadoras’ ilustres: a super-diva Beyonce, por exemplo, Katy Perry, Myley Cyrus, a nossa vulgaríssima Anitta, entre muitas outras.”.
“A ideia central desse pornofeminismo é que a modéstia que antes pautava o comportamento público das mulheres ‘de bem’ era uma imposição machista. As mulheres que se liberam, portanto, dessa imposição, podem não só se despir em público, mas exibir sem pudores a sua sexualidade como uma espécie de afirmação do feminino”, completou.
Dra. Braulia Ribeiro conclui explicando que a postura atual de tais personalidades não é uma invenção moderna. Ela citou como exemplo a Gretchen, Tiazinha e a Feiticeira, lembrando que “nossas meninas de quatro anos desciam na ‘boquinha da garrafa’ e concorriam pelo glorioso título de melhor funkeira no programa do Gugu desde a década de 90”.
Finalmente, a missionária conclui ressaltando que o verdadeiro “empoderamento feminino” pregado atualmente é falso, assim como a “libertação” das mulheres. Ela diz que, em outras palavras, tal conceito escraviza às mulheres em um envólucro ideológico que distorce a realidade.
“A mulher presa a esta obrigação de ser coletivamente sexual se torna uma escrava de sua própria sexualidade efêmera – e rouba de si mesma a oportunidade de se construir como um ser humano pleno. Acaba, infelizmente, sabotando o sonho que a fez abraçar esse empoderamento”, conclui, segundo O Livre.