A irmã do pastor Anderson do Carmo, assassinado em junho último, Michele, morreu na última segunda-feira, 21 de outubro, em decorrência de problemas de saúde. Ela estava internada no Hospital Municipal Carlos Tortelly, em Niterói (RJ).
O anúncio da morte de Michele foi feito pelo vereador Misael Andrade, que era conhecido como Misael da Flordelis, nas redes sociais. Ele lamentou a partida de sua tia e revelou que ela havia ficado com a saúde debilitada após a morte do irmão.
Angelo Maximo, que é advogado de Michele do Carmo e de Maria Edna, mãe do pastor Anderson do Carmo, lamentou a morte de sua cliente, dizendo que toda a família está em grande dor com mais essa perda: “Não foi só o Anderson que foi assassinado! A Michele também! Ela era uma pessoa saudável e acontece isso”, desabafou.
No último mês, Michele e sua mãe haviam sido autorizadas pela Justiça e pelo Ministério Público a serem assistentes de acusação no processo da morte do religioso. A cunhada de Flordelis (PSD-RJ) acreditava que a viúva era mandante do crime que culminou na morte de Anderson do Carmo.
Flordelis se manifestou diante da notícia da morte da cunhada dizendo que estava abalada com o fato: “Recebi com tristeza a notícia da morte da minha cunhada Michele. Só quem conhece a mensagem do Evangelho pode compreender a sinceridade da dor no meu coração. Cristo me ensinou o verdadeiro significado do amor, sentimento que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”, escreveu a pastora e deputada federal.
Michele do Carmo havia dito, numa entrevista à Record TV, que nutria sentimentos negativos por Flordelis por acreditar em seu envolvimento na morte de seu irmão.
Em sua publicação, a pastora disse que agora se dedica a orar pela sogra, que também rompeu relações com ela: “Neste momento, eu oro pela minha sogra, porque só uma uma mãe sabe a dimensão da dor da perda de um filho, de uma filha. Desejo que Deus a conforte neste momento”.
No sepultamento de Michele do Carmo, realizado na última terça-feira, 22 de outubro, no Cemitério Parque de Nycteroy, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, familiares e amigos prestaram as últimas homenagens. O vereador Misael e sua esposa compareceram, mas se recusaram a conversar com a imprensa.
Segundo informações do portal Pleno News, a ausência mais notada foi a de dona Maria Edna, que não pode se despedir da filha por orientação médica. “O desgosto e a espera por resultados das investigações impactaram na morte da Michele. Ela tinha um problema de saúde que se agravou de forma ligeira com a morte do irmão. A sensação de impunidade matou a Michele”, declarou o advogado Angelo Maximo.
“Sempre quando a pessoa alvo da investigação é do alto escalão, a investigação empaca. Ao ponto de ser levada ao arquivamento. E eu não espero outra coisa daqui. Foram quatro meses e cinco dias. Do dia 16 junho [assassinato de Anderson] ao dia 21 de outubro [morte de Michele]. Tempo hábil demais para a conclusão das investigações. Michele foi conversar com Deus para ter a certeza. Porque a resposta ela já tinha em terra”, acrescentou.
“Michele era muito alegre, amorosa, carinhosa com o irmão, com a mãe, e com irmãos da igreja. Ela era sempre expansiva, abraçava a gente, fazia a gente sorrir. Era uma menina que amava muito o irmão e a a mãe”, comentou Elenita Silveira, amiga da família.
Ela também disse que mãe e filhos eram muito unidos: O Anderson era muito carinhoso com a Michele, sempre a acolhia de braços abertos. Nunca deixou de falar palavras de amor e de carinho. Ele sempre tinha uma palavra de conforto, da ânimo. Era uma família muito especial. A Edna é uma mulher guerreira, carinhosa, acolhedora e cordial. É uma mulher simples, humilde, mas de muita sabedoria. Ela tem um legado lindo de amor, assim como o Anderson e a Michele.
Além da mãe, Michele do Carmo deixou marido e três filhos.
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