Na última quarta feira (16), o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) decidiu, por unanimidade de votos, manter a denúncia feita pelo Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES), contra líderes da Igreja Cristã Maranata. Em sua denúncia, o MP-ES afirma que os membros da cúpula da igreja integram uma organização criminosa.
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, os líderes da igreja se aproveitaram “da imunidade tributária aos templos de qualquer culto para ludibriarem fiéis e devotos mediante variadas fraudes visando desviar numerários oferecidos para finalidades ligadas à Igreja em proveito próprio e de terceiros, pessoas físicas e jurídicas vinculadas à quadrilha”.
Os pastores e líderes da igreja são acusados de desvio de dinheiro proveniente de dízimos e ofertas em uma investigação que culminou em uma operação do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público, apelidada de “Entre Irmãos”. Segundo a investigação, o dinheiro desviado era utilizado por determinados membros da igreja para investimento em bens e vantagens particulares.
Segundo informações do G1, o desembargador substituto Fernando Estevam Bravin Ruy, relato do caso, afirmou que “a decisão de recebimento da denúncia encontra-se devidamente fundamentada, com alusão concreta aos fatos narrados na denúncia”.