Uma mulher admitiu esfaquear um idoso de 88 anos até a morte em um supermercado no sul do País de Gales, Reino Unido. A vítima se chamava John Rees, e era parte da liderança de uma igreja na região.
John Rees foi atacado numa unidade da rede de lojas Co-op em Penygraig, Rhondda Cynon Taff. A autora das facadas foi identificada como Zara Anne Radcliffe, 30 anos. Ela se declarou inocente do assassinato, mas admitiu homicídio culposo com base na redução da responsabilidade no Tribunal da Coroa Merthyr.
De acordo com informações da BBC, ela também se declarou culpada pela tentativa de assassinato de Lisa Way, 53, Gaynor Saurin, 65 e Andrew Price, 58. John morreu por tentar defender o trio do ato de fúria de Zara e terminou esfaqueado no rosto, além de ter sido agredido com um extintor de incêndio e uma garrafa.
A esposa dele, Eunice, tem 87 anos e sofre de demência. No dia do crime, ela estava esperando no carro do casal do lado de fora enquanto ele fazia compras.
Zara prestou depoimento ao tribunal por meio de videoconferência. Ela está internada no Rampton Hospital, uma unidade segura em Nottinghamshire, como medida preventiva.
O crime aconteceu no contexto do confinamento severo que foi imposto no Reino Unido como medida de contenção da pandemia do novo coronavírus. Como havia poucas janelas de permissão para deixar as casas, as pessoas tentavam adquirir o máximo permitido nos supermercados e lojas de conveniência, e tudo indica que esse foi o motivo que gerou o desentendimento inicialmente.
John Rees morreu de trauma contundente durante o ataque de Zara. O promotor responsável pela acusação, Michael Jones, afirmou que aceitaria os apelos da acusada com base nas “evidências factuais e psiquiátricas”, comentando que as evidências mostram que ela sofria de esquizofrenia na época do incidente e estava “profundamente doente mental e mal”.
Ele acrescentou que o idoso demonstrou “grande coragem”, devendo ser visto como um exemplo de pessoa por seu ato “altruísta e de bravura que lhe custou a vida”.
A juíza responsável pelo caso Jefford disse que a sentença aconteceria na quarta-feira.
Houve “estupefação” sobre a morte do Sr. John Rees, uma pessoa descrita pela família como “a própria definição de um homem bom, extremamente respeitado e querido na comunidade”.
Em um comunicado, os familiares disseram que “ele estava orgulhoso de sua família, orgulhoso de ser galês e devotado à igreja”. No início da pandemia, o idoso ajudou a tocar os sinos do templo em seu condado todas as quintas-feiras, em homenagem aos principais trabalhadores durante a pandemia do coronavírus.
“Estamos orgulhosos de suas ações naquele dia, mas não surpresos”, disse o genro de John, Patrick Davison Houston, em referência à iniciativa de proteger as pessoas do ataque à faca, segundo informações do portal Premier Christian News.