A iniciativa de uma mulher pode fazer a diferença para milhares de cristãos e judeus espalhados pelo mundo. Suzanne Kokkonen é uma sumidade sobre a história do Holocausto. Ela recebeu seu pós-doutorado na Universidade Hebraica de Jerusalém em 2004 e desde então vem abordando o tema em vários países do mundo.
Falando seis idiomas, Kokkonen acredita que diante da perseguição religiosa de judeus e cristãos que só tem crescido, a união entre esses dois povos é um meio importante de combater a intolerância de grupos extremistas, por exemplo, como o Estado Islâmico.
“Existem organizações judaicas que lutam contra o antissemitismo e grupos cristãos que estão lutando contra a perseguição aos cristãos e eu sempre senti que havia uma conexão entre os dois. É algo que cristãos e judeus têm em comum e que nos torna alvos do ódio”, disse Kokkonen à CBN News.
Foi pensando nisso que ela criou a organização “Hope for Persecuted People”. reunindo voluntários de várias partes do mundo, judeus e cristãos, para unir forças contra a perseguição religiosa.
Kokkonen explica que a proposta visa combater a intolerância religiosa através da conscientização dos povos. “Esta iniciativa é sobre lutar contra o antissemitismo com a educação”, disse ela, que é autora do livro “Viagem ao Holocausto: o ódio aos judeus à luz da Bíblia e da História”.
“Talvez até mesmo ajudando mais concretamente, mas também pedindo à igreja que olhe para a perseguição aos cristãos, o que está acontecendo com eles? O que devemos fazer neste momento?”, disse Kokkonen.
Para Kokkonen, o mundo tem ignorado o sofrimento de cristãos e judeus em países da África, por exemplo, e também da Ásia, regiões onde a perseguição religiosa apresenta números assustadores.
“A África, a Ásia e Oriente Médio estão agora crescendo como grandes perseguidores dos cristãos. Mais ou menos ignoramos o sofrimento dessas pessoas. Então é uma espécie de igreja dividida também nesse aspecto”, explica.
Finalmente, Kokkonen destaca que a oração é importante para os cristãos e judeus, mas que isso é apenas parte da ação. Ela defende que é preciso cobrar dos políticos, governantes e líderes em geral, para agir em prol dos perseguidos. Uma responsabilidade que deve caminhar lado-a-lado da oração.
“A oração é a número um, mas também todos esses governos que permitem a perseguição, eles certamente estão negociando conosco. E nós deveríamos estar influenciando nossos parlamentos, nossos políticos, nossas nações a tomar uma posição por essas pessoas perseguidas”, conclui a autora.