A vida das mulheres cristãs na República Islâmica do Irã tem se tornado mais difícil, desde que o governo da teocracia passou a apertar o cerco sobre o uso do hijab, também conhecido como véu islâmico e ou burca islâmica, apesar desse último se tratar de uma vestimenta completa, e não apenas uma coberta sobre a cabeça.
Nazanin Baghestani, que atua como funcionária da organização de call center Heart4Iran, um grupo cristão que auxilia mulheres no país, relatou que as cristãs estão vivendo sob estresse e ameaça constantes.
“O estresse, a ameaça, a ansiedade está com todas as mulheres dentro do país”, disse ela. “Elas não podem sair às ruas porque têm medo de serem pegas. As mulheres estão sendo perseguidas”.
Morte e repressão
O medo das mulheres cristãs iranianas aumentou depois que uma jovem muçulmana de apenas 22 anos, chamada Mahsa Amini, foi covardemente espancada por policiais da chamada “Polícia moral” ou “Polícia religiosa” islâmica, que lida com o cumprimento das regras religiosas no país.
Amini estava passeando na capital Teerã, quando os policiais a levaram em um carro. Familiares da jovem disseram que a encontraram morta, posteriormente, devido ao espancamento sofrido na delegacia junto com outras mulheres, tudo porque ela estaria utilizando a hijab “frouxa”, segundo informações reportadas pelo grupo de vigilância religiosa Mission Network News.
O assassinato de Amini pelas autoridades islâmicas desencadeou uma série de protestos no país, envolvendo dezenas de cidades, e mais pessoas foram mortas durante a repressão da ditadura.
Ocupando a 8ª posição na lista mundial de perseguição da organização Portas Abertas, o Irã é um dos países mais perigosos para os cristãos em geral, ainda mais para as mulheres, que também são obrigadas a se submeter a costumes que não pertencem à fé cristã. Veja também:
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