Uma descoberta fascinante pode ser um dos indícios históricos mais importantes acerca do naufrágio relatado no livro de Atos, capítulo 27, quando o apóstolo Paulo sofre um naufrágio juntamente com outros tripulantes.
“E, embarcando nós em um navio adramitino, partimos navegando pelos lugares da costa da Ásia, estando conosco Aristarco, macedônio, de Tessalônica”, diz um trecho da passagem bíblica.
O Instituto de Pesquisa e Exploração de Arqueologia Bíblica (BASE) emitiu um comunicado alegando que acredita ter encontra do quatro âncoras que pertenceram ao navio naufragado, mas que apenas uma permaneceu preservada.
“A quarta âncora foi preservada como parte do legado de um mergulhador falecido à sua viúva”, informou a BASE. A organização, liderada por Bob Cornuke, também acredita que o naufrágio aconteceu em São Thomas Bay, na costa sul de Malta, Itália.
“Em Atos 27, Lucas narra a história de Paulo viajando para Roma em um grande cargueiro alexandrino de grãos. Este navio passou por uma das piores tempestades da história, eventualmente naufragando na costa de Malta”, explicou Cornuke, segundo informações da Fox News.
“Os detalhes surpreendentes de Lucas incluem tudo, desde as posições náuticas da embarcação, o tipo de tempestade, a direção da deriva do navio, marcos geográficos em Malta, configurações de recifes e até as profundezas do fundo do mar. Todos os detalhes, incluindo como todos os homens a bordo, incluindo Paulo, sobreviveram”, disse ele.
“E, andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte aliviaram o navio. E ao terceiro dia nós mesmos, com as nossas próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio. E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos”, diz o relato bíblico.
Os críticos da descoberta arqueológica, contudo, alegam que não é possível saber a localização exata do naufrágio, dizendo que outras âncoras semelhantes já foram encontradas na mesma região. A BASE, por sua vez, diz que há evidências “esmagadoras” em favor da sua descoberta.
“Como em qualquer reivindicação histórica, o melhor que podemos fazer é examinar as evidências em termos de probabilidade. Mas a evidência para as âncoras do naufrágio de Paulo é praticamente esmagadora”, conclui a organização.