Exército israelense decretou nesta sexta-feira (21) o bloqueio total da Cisjordânia por ocasião da festa judaica do Yom Kipur, o Dia do Perdão.
“O bloqueio total entrou em vigor na madrugada de quinta-feira para sexta-feira e vai prosseguir até a manhã de domingo, a não ser que seja prolongado”, afirmou um porta-voz do Exército.
O Yom Kipur é a festa mais importante do judaísmo e está consagrada ao jejum e orações. Começa na sexta-feira ao pôr-do-sol e acaba no sábado à noite.
Para os palestinos da Cisjordânia e Gaza, as medidas especiais de segurança não representam mudança no cotidiano, já que desde 2000 o seu acesso a Israel é proibido.
Em Jerusalém fica o Muro das Lamentações, último vestígio do templo de Herodes, destruído no século I pelos romanos. O local é o centro das celebrações da festa.
Era por ali que o Sumo Sacerdote entrava no Santo dos Santos do templo para expiar os pecados do povo. Era a única vez no ano que ele pisava o recinto sagrado.
O Muro das Lamentações recebeu um grande número de fiéis nas últimas horas. Dezenas de milhares se concentraram esta madrugada no local para as últimas preces antes do Dia do Perdão.
Israel X Síria
O governo israelense decidiu bombardear um alvo não revelado no norte da Síria, supostamente relacionado com um programa nuclear apoiado pela Coréia do Norte, após compartilhar informações de espionagem com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, informa nesta sexta-feira (21) o jornal americano “The Washington Post”.
Os governos dos EUA e de Israel mantêm absoluto silêncio sobre a operação, que causou protestos por parte da Síria. Bush se negou ontem em duas ocasiões a comentar o tema numa entrevista coletiva.
O site do jornal, porém, cita fontes governamentais americanas que falam sobre o ataque aéreo israelense de 6 de setembro. Elas informam que o bombardeio contou com contribuição prévia dos serviços de inteligência dos EUA.
Segundo o “Washington Post”, a crença generalizada em Washington é de que o Governo confirmou a informação dos serviços de espionagem israelenses.
Três dias antes do ataque, o porto sírio de Tartus recebeu um navio norte-coreano com uma carga declarada de cimento, segundo o jornal. O “Washington Post” ressalta que o Governo de George W. Bush se preocupou com as afirmações israelenses de que a Coréia do Norte colaborava “com um ambicioso programa nuclear de um país estreitamente ligado ao Irã”.
O site (G1) acrescenta que o alvo do bombardeio noturno estava no norte da Síria, perto da fronteira com a Turquia.
Síria e Coréia o Norte negaram que tenham qualquer programa nuclear conjunto.
Fonte: G1