NIGÉRIA – Sanusi Ali, 21 anos, de Katsina, está sendo mantido sob condições horríveis em local desconhecido na cidade de Kano por ter se tornado cristão. A mãe de Sanusi, surda-muda, teve permissão para visitá-lo bem rapidamente no dia 20 de fevereiro. Ela disse à Portas Abertas que o jovem está acorrentado e num local escuro, recebendo pouca comida, e enfrentando diariamente torturas por se recusar a voltar a ser muçulmano.
Depois de retornar à casa e contar tudo o que viu, Kurma, a mãe de Santusi, passou por uma situação difícil. O marido dela e pai muçulmano de Sanusi foi incitado a espancá-la escondida dos outros. Ela está com ferimentos no pescoço e ainda recebe atenção médica.
O problema de Sanusi se iniciou em fevereiro. Enquanto comparecia à escola, ele fez um estudo comparativo entre os ensinamentos do islã e do cristianismo após a morte. E decidiu se tornar cristão depois desse estudo.
No dia 14 de fevereiro, durante uma visita de seus pais, ele foi ver um pastor local. Depois de ser entrevistado pelo pastor, Sanusi aceitou Cristo. Antes de liberá-lo, o pastor o alertou de que aquela decisão poderia gerar repercussão, sérias conseqüências e o encorajou a permanecer firme.
A primeira provação
Sanusi retornou ao seu lar com alegria em seu coração. Entretanto, sua primeira provação ocorreu na sexta feira seguinte, depois de estar longe das orações nas mesquitas. Quando o tio questionou sua ausência, Sanusi respondeu com coragem sobre a decisão por Cristo, já que não via necessidade de esconder sua nova fé.
Na manhã seguinte Sanusi foi acordado por um som de seu tio batendo na porta. Quando ele abriu, o viu com um pedaço de madeira na mão. Não deu tempo de perguntar nada. Logo o tio começou a agredi-lo.
Os vizinhos cristãos se apressaram em ajudá-lo, mas o tornozelo do jovem doía muito. O tio dele deixou o local furioso. Ele aparentemente relatou a mudança de crença do seu sobrinho pedindo por uma ação imediata.
Quando chegou à escola, no dia 17 de fevereiro, o tio já o tinha acusado e pedido para que a escola o expulsasse.
Não tendo para onde ir, Sanusi retornou à sua casa. No caminho de volta, o tio e um grupo de muçulmanos fizeram uma emboscada levando- o à delegacia. De lá, a polícia religiosa e o próprio tio o levaram para um local desconhecido.
O drama da mãe
A mãe do rapaz, Kurma,estava muito perturbada com esses eventos. A agonia dela aumentou quando o tio apresentou uma blusa com manchas de sangue, supostamente do filho. O tio disse à Kurma que Santusi havia sido morto.
Kurma ficou inconsolável. No dia 19 de fevereiro, ela foi ao distrito, implorar por seu filho, mesmo que morto. O chefe do distrito teve compaixão por ela pedindo para que a levasse para visitá-lo.
Ela ficou muito alegre em saber que seu filho ainda estava vivo. Quando voltou para casa, contou tudo aos familiares. O pai muçulmano de Sanusi foi incitado a espancá-la, escondida dos outros.
O pastor que vive próximo de Kurma, veio ajudá-la, levando- a uma clínica local onde recebeu tratamento.
Nesse tempo, Sanusi permanece sob custódia. O pastor e o líder da igreja abordaram o líder do distrito em várias ocasiões, mas receberam aviso de não voltarem mais. Eles receberam a informação de que caso tivessem alguma queixa, teriam a liberdade de registrá-la. As condições de Sanusi ainda são incertas. E a igreja teme por sua vida.
Quando a Missão Portas Abertas ficou sabendo de Sanusi, Kurma imediatamente recebeu uma visita da igreja. Os co-obreiros oraram e a encorajaram a continuar em oração e jejum. Também foi contratado um advogado.
O Estado de Katsina é um dos 12 debaixo da lei islâmica ( sharia). Nessas regiões, deixar o islamismo para ser cristão é contra a lei. Num esforço para trazer um ex-muçulmano de volta ao islã, qualquer coisa é válida. Isso pode incluir o confisco dos pertences, agressão, aprisionamento e tortura.
Pedidos de Oracão:
– Ore para que Deus continue a encorajar Sanusi a permanecer firme na fé, a despeito das torturas
– Ore para que ele seja solto
– Peça por sabedoria divina aos advogados
– Ore pela rápida recuperação física de sua mãe, Kurma, e para que seus familiares encontrem o Senhor
Fonte: Portas Abertas