Uma confusão em um culto na última segunda-feira, 15 de junho, terminou na delegacia, após uma fiel denunciar a pastora que dirigia a celebração por agressão.
O caso, registrado na cidade de Amambai (MS) – localizada a 352 quilômetros da capital Campo Grande -, chamou atenção porque o entrevero se deu durante um culto, em que a fiel alegou ter sido derrubada pela pastora com um empurrão durante a oração.
O portal local Midiamax informou que a mulher disse aos policiais que foi à igreja e terminou agredida pela pastora. A líder evangélica teria colocado a mão sobre sua testa e a outra sobre a boca, repetindo um gesto comum em igrejas pentecostais.
No entanto, a mulher disse ter sido empurrada com força pela pastora, o que a teria derrubado sobre as cadeiras. A fiel se sentiu ofendida e foi à delegacia, denunciar lesão corporal dolosa, que se refere à intenção de ferir.
Em seu depoimento, a mulher explicou que é comum os pastores colocarem as mãos na cabeça dos fiéis durante as orações, mas não empurrarem.
Causos
Outra confusão, há quatro anos, teve um desfecho insólito para um católico que se desentendeu com evangélicos: foi condenado pela Justiça a frequentar cultos numa denominação protestante em consequência de seus atos.
A história, que parece surreal, começou quando o vendedor Jake Strotman, 23 anos, católico praticante, encontrou um grupo de fiéis da Igreja Batista pregando. Jake estava voltando para casa após assistir a um jogo de hóquei, e resolveu abordar os evangelistas para saber do que se tratava aquela reunião.
Os pregadores – não muito sábios – o viram com algumas latas de cerveja e disseram que ele não seria salvo. De certo, a afirmação dos batistas não foi bem recebida e o evangelismo virou bate-boca. Um homem, que viu a discussão, tomou as dores de Jake e empurrou um dos evangélicos, o que desencadeou uma pancadaria generalizada.
Segundo o próprio Jake, ele foi o primeiro a ser derrubado, e na sequência, os fiéis evangelistas se amontoaram sobre ele. Segundo informações do Cincinnati Enquirer, ao se debater para tentar levantar, Jake acertou o rosto de Joshua Johnson, quebrando seus óculos e cortando seu rosto.
Quando a Polícia chegou para apartar a briga, Jake foi preso e indiciado por tentativa de agressão, o que renderia a ele 90 dias na cadeia. Quando o caso foi levado à Justiça, caiu nas mãos do juiz William Mallory, do Condado de Hamilton, estado de Ohio (EUA), conhecido por sua criatividade ao estipular sentenças.
Mallory só manda os réus que condena para a cadeia quando não tem alternativa. Quando pode, estipula penas alternativas, e se gaba disso. Jake, ciente da fama do juiz, sabia que seria condenado pela agressão, e quando o juiz estava para pronunciar a sentença, ele o interrompeu, sugerindo uma pena alternativa: frequentar os cultos da Igreja Batista por um determinado período, o que seria uma oportunidade de aprender a respeitar a religião alheia.
O juiz, afeito a esse tipo de opção, perguntou a Joshua Johnson se aceitava e ele concordou. Os advogados e o promotor também concordaram, e Mallory determinou que Jake frequentasse, por 12 semanas seguidas, os cultos dominicais da Morning Star Baptist Church, que fica a 40 quilômetros de sua casa.
Jake saiu satisfeito – apesar de ter que pagar US$ 480 de multa e US$ 2,8 mil de honorários advocatícios – porque poderá aproveitar as 12 semanas para fazer novas amizades e, quem sabe, conquistar novos clientes, já que ele é trabalhador autônomo e vende materiais de construção. “Quem sabe, no final das contas, vou vender algumas janelas, divisórias e portas a meus novos amigos e clientes”, disse ele à TV 12News na ocasião.