Diante do cenário de suspensão de atividades em igrejas, como cultos e missas, o padre Zezinho usou suas redes sociais para questionar os critérios das autoridades.
O padre admitiu que as celebrações no templo podem, realmente, causar aglomerações se não houver qualquer organização mais firme por parte dos responsáveis, mas pontuou que as autoridades têm usado dois pesos e duas medidas.
“Missa pode aglomerar e o toque de mãos e abraços pode conter o vírus! Mas sou a favor de manter as portas do templo abertas para quem deseja ir lá e orar sem aglomerar. Em geral, os templos católicos são altos e espaçosos e permitem circulação do ar sem perigo”, introduziu o padre.
Em seguida, disparou contra a hipocrisia: “Pergunto a quem é radical só contra os templos: você vai ao supermercado e guarda distância de 90 cm? E usa máscara e álcool em gel? Então por que você não pode ir ao templo fazendo a mesma coisa? O vírus só ataca nos templos?”, questionou em sua página no Facebook.
Ácido, o padre seguiu apontando aspectos ainda sem respostas adequadas: “Alguém proibiu você de entrar num supermercado quando você usou álcool em gel e foi de máscara? Então por que toda esta discussão? Você é cidadão quando vai comprar e não é cidadão quando vai orar?”, reiterou.
“Guardando distância, como muitos templos guardam, vai pegar o vírus; mas no supermercado, pegando nas frutas e legumes, não vai pegar? Autoridades não confiam nos fiéis? Acho que esta discussão está mal colocada. As autoridades confiam no consumidor, mas não confiam em nenhum crente em Jesus? Está na hora de colocar este debate nos seus devidos termos”, acrescentou o padre Zezinho.
Recentemente, o pastor Marco Feliciano questionou a falta de posicionamento de lideranças católicas sobre o cerceamento à liberdade de culto, visto que até aquele momento, nenhum sacerdote da igreja romana havia comentado as recentes decisões a respeito das igrejas.