O papa Francisco visitou a Igreja do Pai Nosso e a prisão de Rebibbia, em Roma, no último dia 02 de abril. Na ocasião, celebrou a missa da Quinta-Feira Santa, conhecida pelo rito de lava-pés, que é a repetição do gesto feito por Jesus com seus discípulos.
O pontífice da Igreja Católica cumprimentou todos os detentos que o esperavam e lavou os pés de 12 deles, sendo seis mulheres e seis homens, entre eles um brasileiro, segundo informações do portal Terra. Os demais presidiários eram três nigerianos, uma congolesa, seis italianos e uma equatoriana.
Durante a celebração da missa, Francisco destacou que também é pecador e precisa da intercessão dos fiéis: “Eu também preciso ser lavado pelo Senhor. Orem por isso, durante essa missa, para que o Senhor lave minhas sujeiras, para que me torne escravo de vocês, mais escravo no serviço ao povo, como foi Jesus”, disse.
Francisco é o terceiro papa que visita a prisão de Rebibia. Os anteriores foram os seus antecessores imediatos: Bento XVI em 2011 e João Paulo II em 1983, segundo informações do portal iG.
Enquanto cumprimentava os detentos, Francisco os abraçou e beijou, e conversou rapidamente com cada um, dando-lhes palavras de encorajamento. A visita foi proposta pelo capelão da prisão, dom Pier Sandro Spriano. “Obrigado a todos pela calorosa acolhida. Muito obrigado”, disse o papa Francisco na despedida.
No dia seguinte, Francisco participou da celebração do Tríduo Pascal, e assistiu ao discurso do padre franciscano Raniero Cantalamessa em protesto à indiferença das autoridades ocidentais à perseguição religiosa contra cristãos em todo o mundo.
Cantalamessa comentou sobre “fúria jihadista dos extremistas somalis” que no dia anterior haviam massacrado 148 pessoas em um ataque a uma universidade queniana. “Todos corremos o risco – instituições e pessoas no mundo ocidental – de ser o Pôncio Pilatos que lava as mãos”, disse o padre, destacando que “os cristãos não são as únicas vítimas da violência homicida no mundo, mas não se pode ignorar que são as vítimas designadas e as mais frequentes em muitos países”.