Como nos outros anos, as celebrações do Dia Internacional da Mulher no Paquistão entram em conflito com a realidade caracterizada pela falta de poder feminino, aumento das dificuldades socioeconômicas e violência contra a mulher no Paquistão. Esses problemas afligem milhões de paquistanesas, conforme um relatório anual feito pela Comissão de Direitos Humanos do Paquistão.
O relatório notou que, no ano passado, aumentou entre as mulheres o número de conversões forçadas, estupros e casamentos arranjados para menores de idade, destruindo as vidas de milhares de jovens e adolescentes.
A Comissão relatou especificamente 1.821 casos de crimes violentos contra as mulheres em 2006, incluindo assassinato, estupro, mutilação, ferimentos com fogo e outros. Em 2005, 1.726 mulheres sofreram a mesma forma de violência.
Apesar da situação, diversos eventos foram organizados para celebrar o dia das mulheres: reuniões, cerimônias especiais e debates com palestrantes de ambos os sexos.
Joseph Francis, secretário geral do Partido Nacional Cristão, disse que um dos assuntos tratados foi a conversão forçada de mulheres cristãs. Depois das charges de Maomé, feitas no começo do ano passado, muitas garotas cristãs foram obrigadas a se converter no país, especialmente na zona rural.
As conversões forçadas são uma realidade para as cristãs que trabalham para famílias muçulmanas ou em pequenas fábricas, onde são raptadas estupradas e então obrigadas a se converter.
Fonte: Portas Abertas