O pastor evangélico Gérson Aprígio Lima, 29 anos, foi preso nessa terça-feira, em Nova Friburgo, no Rio, por policiais da Delegacia de Homicídios (DH) sob a acusação de ter matado e escondido o corpo do empresário Jorge Rodriguez Maia, 64 anos, em Cachoeiras de Macacu.
O crime foi cometido em 2004 e até hoje o corpo não foi encontrado. Ao ser detido, Gérson ainda foi autuado por flagrante de corrupção ativa, pois tentou subornar policial, oferecendo R$ 50 mil para ser liberado.
O acusado foi preso por agentes disfarçados de fiéis na filial da Casa da Bênção de Deus em Friburgo. A mulher do empresário, Ângela Maria de Sá Mello, 49, que, segundo a polícia, tinha romance com o pastor, é acusada de ser cúmplice dele.
A vítima foi morta ao cobrar R$ 22 mil do pastor pela compra de cabeças de gado. O religioso teria pago a dívida com cheques roubados, com a cumplicidade de Ângela, que tem nove passagens pela polícia por estelionato. Dias após a cobrança, Gérson foi visto dirigindo a S-10 preta de Jorge por Daniela Rodriguez, uma das filhas do empresário. Ao ser indagado, o pastor disse que o dono havia viajado e emprestado o veículo, versão confirmada por Ângela. Exames comprovaram que havia sangue de Jorge na S-10.
Dias depois, empresário da região reclamou a posse da fazenda de Jorge e confirmou ter pago R$ 100 mil a Ângela, que estava com procuração assinada pelo marido. Ao receber o dinheiro, ela estava com o pastor. Exame grafotécnico revelou que a assinatura era falsa e a dupla foi indiciada. Ângela desapareceu e Gérson fugiu para Friburgo, onde passou a dirigir filial da congregação. Ele negou as acusações.
Fonte: Terra