O nome dele é Oluwole Ilesanmi, um pastor de origem nigeriana que reside atualmente em Londres, capital da Inglaterra. Ele ficou conhecido em várias partes do mundo, após um vídeo seu circular pela internet, em 2017, mostrando o momento em que policiais tomaram sua Bíblia e o prenderam por “islamofobia” durante uma ação evangelística.
Na ocasião, o pastor Oluwole estava evangelizando nas ruas de Londres e, durante seu sermão, afirmou que existem laços entre o islamismo e o terrorismo. Em decorrência disso, a Polícia local foi acionada para abordar o evangelista, na época com 62 anos.
O pastor foi acusado de “islamofobia” com base na Seção 5 da Lei de Ordem Pública, a qual segundo às autoridades londrinas não permite “discursos de ódio” contra pessoas. Todavia, Oluwole estava simplesmente pregando a verdade da sua fé cristã, dizendo que a Bíblia Sagrada é a única e verdadeira Palavra de Deus.
“Eu estou na Inglaterra para trazer de volta a verdadeira mensagem do Evangelho, que os cristãos levaram para a Nigéria. Vi em primeira mão o que muitos cristãos sofreram na Nigéria. É irônico que eu tenha sido acusado exatamente do que os muçulmanos estão fazendo no meu país e em tantos outros países ao redor do mundo”, disse o pastor à época.
“Quando o Reino Unido acordará e perceberá que a submissão ao Islã não é a resposta, que somente o Senhor Jesus Cristo é a resposta para os problemas do Reino Unido? Eu fui entrevistado, acusado e julgado por ser um pregador de ódio. Nunca fui uma pessoa dessas, apenas preguei sobre o amor de Jesus”, completou o pastor.
Absolvido e indenizado
Em dezembro do mesmo ano (2017), o pastor foi absolvido das acusações de indicação ao ódio. Todavia, isso não foi o bastante para que a verdade viesse à tona em seu favor, visto que no momento em que foi detido pelos policiais, Oluwole teve a sua Bíblia levada.
O constrangimento, a falsa acusação e a privação de liberdade de expressão e de crença, renderam ao pastor Oluwole uma indenização de £ 2.500 (equivalente a cerca de R$ 11.500) por sua prisão ilegal, após um processo movido por ele contra o governo de Londres.
“Fiquei chateado quando eles levaram minha Bíblia. Eles simplesmente a jogaram no carro da polícia. Eles nunca teriam feito isso se fosse o Alcorão. O que aconteceu com a liberdade de expressão?”, perguntou o pastor, segundo informações da BBC.
Livre das acusações e satisfeito por ter sido justificado, o pastor elogiou a correção das autoridades já deixando claro que seu trabalho evangelístico terá continuidade. “Fico feliz que a polícia tenha reconhecido que não foi certo me prender por pregar da Bíblia”, disse ele.
“Foi traumático ser preso. Mas eu estou determinado a voltar para Southgate e começar a pregar o Evangelho novamente”, concluiu.