Servir a Deus em qualquer circunstância, como e quando Ele determinar. Esse é o direcionamento de vida do pastor Jim McCaffrey, que após anos, já casado e pai de cinco filhas, descobriu que estava enquadrado na síndrome do espectro autista.
O autismo é um transtorno do desenvolvimento onde a principal característica está na dificuldade de estabelecer relacionamentos. Não por acaso, o pastor Jim desconfiou disso quando percebeu que além de comportamentos estereotipados, ele não conseguia se manter estável por muito tempo em determinados lugares.
“Meus interesses específicos em coisas como répteis e a história das fábricas de tambores, que eu pesquisava por horas a fio, compartilhando informações muito aleatórias com outras pessoas em momentos estranhos”, disse ele.
“E não podemos esquecer minha horrível incapacidade de me adaptar às mudanças, minhas rotinas diárias que devem acontecer, meu pensamento muito rígido e lógico, e uma infinidade de outros comportamentos estranhos”, continua.
O pastor se convenceu de que poderia ser autista quando viu a história de outro líder religioso, Lamar Hardwick, que também descobriu ser autista já aos 36 anos de idade. Jim contou que leu várias vezes os seus relatos e percebeu que se enquadrava na mesma descrição.
Foi assim que o pastor buscou ajuda de um psicólogo que, após acompanhamento especializado, confirmou que Jim pertencia ao espectro autista. Para o pastor, a confirmação foi determinante não apenas para a sua autocompreensão, mas também para sua adaptação ao mundo, o que inclui o foco do seu ministério.
“Ter um diagnóstico me ajudou a me ajustar para não continuar o ciclo de empregos perdidos e relacionamentos prejudicados”, disse elel.
Um novo ministério
Ciente da sua condição como autista, o pastor Jim, que lidera a Igreja Batista Gunpowder, na cidade de Freeland, em Maryland, Estados Unidos, passou a ter um novo foco em seu ministério, segundo o Baptist Press: pessoas com necessidades especiais!
Para a glória de Deus, a sua igreja abraçou a causa e hoje eles fazem um trabalho voltado para esse público. “Passei a acreditar que Deus me permitiu estar com autismo para mostrar que Deus ama e usa todos os tipos de pessoas, mesmo aquelas com deficiências, para mostrar o poder e a glória de um grande Deus”, disse ele.
“Depois de muitos anos de luta para descobrir onde ‘me encaixo’, acredito que, por meio do meu diagnóstico e deficiência, Deus me mostrou onde posso servi-Lo da melhor maneira. Eu acredito que é através do ministério da deficiência”, conclui o pastor.
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