Um muçulmano armado abriu fogo contra uma igreja doméstica na Somália, onde acontecia um culto, no dia 2 de janeiro. O líder da igreja ficou seriamente ferido.
De acordo com o grupo de direitos humanos sediado nos Estados Unidos, International Christian Concern (ICC), o ataque aconteceu na cidade de Tayeglow, a 320 quilômetros da capital, Mogadíscio.
Segundo o grupo, o líder da igreja, conhecido como “S”, foi atingido diversas vezes e foi dado como morto por cerca de uma hora, antes que recuperasse a consciência. Ele está sob cuidados médicos, mas seu estado de saúde ainda é crítico. O pistoleiro ainda estaria ameaçando outros cristãos nas redondezas.
Justificativas para matar inocentes
Segundo o ICC, “durante o mês passado, tropas etíopes colaboraram com o governo provisório da Somália para combater a União das Cortes Islâmicas (UIC, sigla em inglês) que havia tomado o poder e imposto a lei sharia na maior parte do sul da Somália. Etiópia e Somália estiveram envolvidas em duas guerras no passado. Para muitos somalis, a Etiópia é um inimigo e como a maioria dos somalis é muçulmana e a Etiópia é considerada cristã, os somalis vêem os cristãos como inimigos também. Na verdade, existem pistoleiros no país que acreditam ter muitas justificativas para atacar e matar cristãos inocentes”.
Embora a UIC não esteja no poder, a combinação do forte sentimento anti-etíope e pelo menos dez anos de caos governamental e civil provavelmente irão piorar uma já terrível situação para os cristãos somalis em 2007, acrescentou o ICC.
Jeff King, presidente do grupo, disse: “Embora a UIC tenha sido derrotada pelas forças etíopes, isso não significa que ela desapareceu ou que sua influência não se prolongue. A intenção de oprimir o cristianismo existia muito antes de a Etiópia fazer pressão sobre a Somália, e esse ataque à igreja doméstica é um sinal de perigo, indicando um amento na violência e na perseguição aos cristãos no Chifre da África”.
Fonte: Portas Abertas