Síndica de edifício no RJ teria proibido a entrada de pastor no prédio
Denúncia de racismo em um prédio de apartamentos de Copacabana. A síndica do edifício teria impedido a entrada de um pastor evangélico negro e mandado que o corrimão que ele tocou fosse limpo.
A confusão foi em um prédio da Rua Barão de Ipanema. O pastor Manoel Lourenço contou que, além de ser impedido de entrar, teria sido repreendido por ter tocado no corrimão da escada de acesso à portaria.
Testemunhas que passavam pelo local confirmaram na delegacia ter ouvido a síndica, uma senhora de 81 anos, dar ordens ao porteiro para limpar o corrimão. “Ela mandou o empregado lavar de novo, que passasse desinfetante e passasse álcool”, afirma Élson da Silva, uma das testemunhas do caso.
O pastor, que registrou queixa, disse que ficou surpreso com o que aconteceu. “Ela gritou com o porteiro e disse assim: ‘Manda este negro tirar a mão daí”, garante o pastor.
O advogado da síndica apresentou outra versão. “Realmente, não houve isso. O que aconteceu foi que ela pediu, avisou para ele que o corrimão tinha acabado de ser limpo, estava brilhoso. Ela pediu para ele: ‘Moço, nós acabamos de limpar’. Então, houve a interpretação por parte dele como discriminação racial.
O caso foi registrado como preconceito. A síndica do prédio foi ouvida pelo delegado e liberada. Se comprovada a acusação de racismo, a síndica Olga Mantilli pode ser condenada a uma pena de até três anos.
Fonte: Elnet