A salvação é um dos marcos da mensagem do Evangelho, tendo no sacrifício de Jesus na cruz a redenção do pecador que crê n’Ele e O aceita. No entanto, muitas perguntas são feitas a respeito de que destino teriam crianças e pessoas com problemas mentais que não tiveram acesso à mensagem do Evangelho e a chance de decidir aceitar a Cristo ou não.
A dúvida, recorrente no meio cristão (principalmente entre novos convertidos), foi feita ao pastor John Piper, líder do ministério Desiring God, e a resposta do pastor levantou questões como coerência e responsabilidade.
“Eu acho que todas são salvas”, disse o pastor. “A razão de eu achar isso é porque, em outras palavras, eu não acredito no princípio que diz que crianças nascidas de pais casados estão seguras, e crianças nascidas de pais separados não estão”, afirmou Piper.
Segundo ele, a “razão para pensar que todas elas são salvas é por causa do princípio em Romanos 1, onde Paulo argumenta que todas as pessoas que conhecem Deus não têm desculpa para não glorificá-lo como Deus”.
Piper explica que o “argumento é de que elas não têm desculpa porque elas têm conhecimento, e suas responsabilidades na presença de Deus no julgamento final serão baseadas, pelo menos em parte, no conhecimento que elas tiveram acesso. E Deus fala que todas elas tiveram acesso ao conhecimento, porque elas podem olhar as coisas que Ele fez e ver seu poder e divindade, mas elas suprimem esse conhecimento em vez de se submeterem a ele, então elas são todas condenadas”.
Sobre sua crença de que as crianças e pessoas com incapacidades mentais serão salvas, o pastor aplica o mesmo conceito no sentido inverso: “O princípio que está sendo levantado é de que se você não tem acesso ao conhecimento que te faz ser indesculpável, então você não será culpado. Eu acho que esse é o caso. E eu acho que bebês e deficientes mentais, ou seja, aqueles com profunda deficiência mental, não tem acesso ao conhecimento que eles serão chamados para serem responsáveis. Portanto, de alguma forma, Deus, por intermédio de Cristo, abrange essas pessoas”.
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Por Tiago Chagas, para o Gospel+