Michael Brown, um dos pastores mais notáveis dos Estados Unidos, conhecido por sua atuação como evangelista e escritor, disse o que pensa sobre o contexto cultural moderno e como os cristãos, especialmente os líderes das igrejas, estão contribuindo para a decadência moral da sociedade.
Brown é colunista no site de notícias cristão Christian Post, e foi nele que o pastor fez um verdadeiro desabafo contra o relativismo moral que está invadindo a mente dos líderes modernos: “Eu não quero parecer crítico, e não sou um homem amargo, nem bravo. Mas estou triste. E sobrecarregado”, escreveu ele.
“Então, levantarei minha voz como uma trombeta e direi claramente: ‘O relativo silêncio de nossos púlpitos nos ajudou a mergulhar em nosso atual pântano moral’. Temos coragem e integridade para enfrentar isso?”, questiona o pastor.
Brown esclarece que a sua exortação é voltada para questões doutrinárias, cobrando dos pastores atuais a responsabilidade de serem fiéis ao que a Bíblia ensina. A política, nesse caso, não é o objetivo principal. “Não estou falando de pastores e líderes se tornarem políticos. Essa é a coisa mais distante da minha mente. Mas eu estou falando sobre pastores e líderes se tornarem proféticos”, explica o pastor.
Michael Brown reforça a mesma concepção que a ex-homossexual, Janet Boynes, apresentou recentemente, ao dizer que a igreja evangélica não pode se calar e omitir a verdade diante da sociedade. Pelo contrário, quem precisa conhecer a Cristo depende da nossa pregação:
“Eu estou falando sobre nós falarmos a verdade no amor, independentemente do custo ou consequência disso. Confrontar o pecado na igreja assim como na sociedade, conformando-se somente à imagem de Deus e não à imagem do mundo, concentrando-se mais na obediência do que na relevância, em agradar a Deus mais do que entreter as pessoas”, escreve Brown.
Importa mais agradar a Deus do que aos homens
Michael Brown explicou que não podemos nos preocupar em agradar pessoas se isso custar o nosso compromisso com evangelho. Para o autor, devemos continuar “seguindo o exemplo de Jesus e dos apóstolos – mesmo que leve à rejeição, perseguição e morte – em vez de seguir um modelo de negócios de sucesso”.
Outro assunto abordado pelo pastor foi a homossexualidade. Isso, porque, ele publicou um vídeo afirmando que o homossexualismo é pecado, segundo a Bíblia, e foi duramente criticado nas redes sociais. O Youtube retirou o material do ar e o Google fez advertências com suas diretrizes.
Para Brown, parte disso é reflexo da omissão da igreja diante do tema, que termina deixando de exercer influência e ter voz na sociedade:
“Quantos pastores e líderes pregaram uma única mensagem clara sobre a Bíblia e a homossexualidade no ano passado? Quantas dessas mensagens você viu na TV ou ouviu no rádio ou ouviu pessoalmente?”, questionou. “Não é de admirar que tantos LGBTs estejam surpresos. A Igreja ficou silenciosa no rádio”.
“Há também um silêncio ensurdecedor nos púlpitos. Ou então a mensagem é tão confusa que a única coisa que fica clara é que nada está claro. Na intenção de não ofender a ninguém, ofendemos a Deus. No interesse de não querer fazer com que ninguém se sinta desconfortável, não ajudamos ninguém a escapar do desconforto”, acrescenta.
Por fim, o pastor Michel Brown explica que se a igreja não decidir tomar uma posição hoje, certamente será amordaçada no futuro, e a responsabilidade por essa decisão é dos pastores. Apesar de muitos se esforçarem, é preciso haver mais comprometimento com a verdade e a coragem para anunciar o que a Bíblia ensina, custe o que custar.
“É verdade que nossos líderes estão fazendo o bem de muitas maneiras. Também é verdade que estamos comprometidos, temerosos, covardes e sem visão quando se trata de uma das maiores crises morais da história. Mas Se não nos mexermos hoje, seremos amordaçados pelos outros amanhã. E então, como será?”, conclui.