O pastor Eddie Romero foi preso no Irã enquanto protestava pedindo a libertação de outros pastores e um defensor dos direitos humanos que estão presos no país.
Romero foi detido pelos guardas da Prisão de Evin, na capital Teerã, na última segunda-feira, 21 de outubro, após gritar palavras de ordem no idioma farsi.
“Deixe meu povo ir”, disse o pastor norte-americano antes de ser levado à prisão e interrogado pelas autoridades locais. A cena foi transmitida pela internet através do celular do próprio pastor, e foi interrompida assim que os guardas o levaram.
“Ele se entregou voluntariamente e foi levado para dentro dos portões da prisão por um guarda e ficou em uma espécie de sala de espera. Ele foi questionado sobre sua nacionalidade por alguém que falava inglês, e pediu que soltassem os presos cristãos mais sete vezes”, revelou Sara, filha do pastor, de acordo com o NY Daily News.
Segundo informações da agência de notícias Associated Press, Romero entrou em contato com seus familiares na embaixada da Suíça para conseguir a liberação da prisão por protestar no país teocrático muçulmano.
A porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Marie Harf disse em Washington que o governo norte-americano já havia tomado providências para conseguir a liberação do pastor: “Estamos cientes dos relatos de que um cidadão dos EUA foi detido no Irã e, devido à consideração de privacidade, não tenho mais comentários ou detalhes neste momento”, afirmou Marie.
O pastor Romero é fundador do ministério Exodus8one, que se descreve como uma entidade que tem como missão envolver diretamente os governos “beligerantes” e as sociedades em discussões sobre as injustiças para com os cristãos e outras minorias religiosas.
Num vídeo publicado dias antes de sua prisão, o pastor demonstrou que já esperava ser detido enquanto protestava. Em 2008, ele foi preso na China durante os Jogos Olímpicos de Pequim por exigir a libertação de cinco ativistas chineses.
Entre os detentos que motivaram o protesto do pastor no Irã estão o pastor Saeed Abedini, além de Farshid Fathi, Mostafa Bordbar Alireza Seyyedian.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+