A pornografia vem sendo considerada um problema de saúde pública em diversos país, e mais especificamente no meio cristão há diversas lideranças eclesiásticas preocupadas em desenvolver estratégias para evitar que fiéis caiam nas garras da indústria e, ao mesmo tempo, resgatar outros já aprisionados pelo vício. Mas, enquanto isso, uma pastora acredita que o segredo é não ter vergonha de acessar pornografia.
A pastora e escritora luterana Nadia Bolz-Weber concedeu uma entrevista a uma publicação LGBT chamada Out In Jersey, e afirmou que não deve haver vergonha relacionada ao hábito de consumir pornografia, ainda mais se o constrangimento for “de origem ética”.
De acordo com informações do portal The Christian Post, a pastora declarou que reconhece a existência de “questões de justiça e exploração dentro da indústria pornográfica”, mas mesmo assim, não acredita que o “consumo de pornografia deva ser envergonhado”.
“Há pornografia de origem ética. Há pessoas que dizem que é imoralidade sexual, mas se você levar liberais e conservadores que mostram indignação e fizer um diagrama de Venn [relacionado] àqueles que consomem pornografia, você veria uma enorme sobreposição”, especulou a pastora, sugerindo que o fato de haver pessoas de ideologia distintas dependentes desse tipo de material indica que não há problemas.
“Há pessoas que consomem pornografia de uma forma envergonhada, seria horrível se as pessoas soubessem porque são aquelas que são moralmente indignadas como liberais ou conservadoras. Esse é um lugar solitário para existir, vamos tirar essa parte disso. Não vou envergonhar as pessoas quando elas já se sentem envergonhadas”, acrescentou.
As declarações inusitadas da pastora despertaram diversas reações, muitas delas de crítica. Entre os conservadores, o escritor cristão Rod Dreher apontou que a pastora, “inadvertidamente indica por que o cristianismo progressista não tem futuro”, uma vez que essa linha de pensamento não consegue se afastar das concepções seculares: “Se há um exemplo mais caricatural do cristianismo progressista do que uma pastora de damas desbocada elogiando o consumo de ‘pornografia de origem ética’, não consigo pensar nisso”, ironizou.