O Brasil é um país de maioria cristã, onde os valores do conservadorismo, ou seja, perspectiva de mundo que procura preservar o que considera essencial para a vida humana, prevalece na prática social. Exemplo disso é o tema da legalização do aborto.
Segundo uma pesquisa recente do Instituto Paraná, 79% dos brasileiros são contra a legalização do aborto. O número reflete uma maioria absoluta sobre um tema tão delicado e alvo de bastante proselitismo ideológico por parte dos movimentos feministas e de esquerda.
Ainda segundo a pesquisa, apenas 16,6% são favoráveis a legalização do aborto, enquanto 4,4% não sabem ou preferiram não opinar, segundo o Poder360. A pesquisa ouviu 898 moradores de 238 municípios brasileiros em todos os estados da federação e no Distrito Federal.
Governo conservador
O resultado da pesquisa sobre a legalização do aborto no Brasil pode ser considerado um reflexo das eleições presidenciais em 2018, quando o país elegeu um presidente conservador, o atual Jair Bolsonaro, que já se posicionou diversas vezes sobre o tema.
Em dezembro passado, quando o Senado da Argentina aprovou a legalização da morte de bebês no ventre materno no país até a 14ª gestação, o presidente Bolsonaro se manifestou lamentando a decisão dos vizinhos de continente.
“Lamento profundamente pelas vidas das crianças argentinas, agora sujeitas a serem ceifadas no ventre de suas mães com anuência do Estado”, escreveu Bolsonaro em suas redes sociais, reiterando que o seu governo não apoiará pautas dessa natureza.
“No que depender de mim e do meu governo, o aborto jamais será aprovado em nosso solo. Lutaremos sempre para proteger a vida dos inocentes!”, completou o presidente.
O Chanceler Ernesto Araújo também se manifestou na ocasião, frisando que o Brasil permanecerá firme em sua decisão de não aprovar a legalidade do aborto. Atualmente a prática só é permitida pela legislação vigente quando há risco de vida para a mãe, em casos de estupro ou anencefalia do bebê.
“O Brasil permanecerá na vanguarda do direito à vida e na defesa dos indefesos, não importa quantos países legalizem a barbárie do aborto indiscriminado, disfarçado de “saúde reprodutiva” ou ‘direitos sociais’ ou como quer que seja”, afirmou Araújo, também pelas redes sociais.