O pesquisador Bart Ehrman é um antigo estudioso do Novo Testamento e da vida de Jesus. Agora, ele alega que o nazareno pode não ter existido, e seu argumento é bastante frágil: supostamente, outros escritores contemporâneos ao período da invasão romana a Israel não falaram sobre o homem crucificado no Gólgota.
O argumento apresentado pelo professor norte-americano ignora os relatos do historiador judeu Flávio Josefo, que produziu textos sobre o período posterior à crucificação e menciona Jesus Cristo.
No entanto, Ehrman – um ex-evangélico que já declarou que a Bíblia Sagrada não tem inspiração divina – diz que, por alguma razão, os autores não cristãos que teriam vivido na mesma época que Jesus Cristo não fazem referências a ele em seus textos.
A própria Bíblia Sagrada omite a vida de Jesus entre 12 e 30 anos de idade, quando Ele iniciou seu ministério, pregando e arrebanhando discípulos. A partir disso, Ehrman alega que as poucas informações históricas sobre o Cristo fora da Bíblia seria uma evidência de que a figura central do Cristianismo nunca tenha existido.
De acordo com informações do sensacionalista tabloide britânico Express, esse tema é o foco central do novo livro do professor Bart Ehrman. Na produção, ele afirma que, além da obra histórica escrita por Tácito, os “autores pagãos do tempo de Jesus” não disseram “nada” sobre ele.
“Por muito estranho que isso possa parecer, não há mesmo referências nenhumas a Jesus nos textos dos autores pagãos contemporâneos. Não há registros de nascimento, transcrições do julgamento, atestados de óbito. Não há manifestações de interesse, difamações exaltadas, referências breves – nada”, escreveu Ehrman.
Aprofundando sua teoria, o professor supôs que “os relatos da vida de Jesus eram mitos que ficaram fora de controle”. Além de tratar a Bíblia Sagrada como “fake news”, Bart Ehrman defende que a Igreja Primitiva meramente considerava que Jesus se tornou divino depois de ter sido elevado ao Reino dos Céus.
Depois desse evento, que inicia a “grande comissão”, de acordo com a tradição cristã, o professor acredita que um conjunto de narrativas teria se sobreposto, em que os seguidores de Jesus começaram a dizer coisas cada vez mais exaltadas sobre Ele, fundando o cristianismo como se solidificou ao longo dos milênios.