UZBEQUISTÃO – O cristão pentecostal Makset Djabbarbergenov, de 27 anos, está foragido da polícia desde outubro de 2007, quando a polícia obteve uma ordem para prendê-lo porque ele recebia em sua casa pessoas para reuniões de oração.
“Nós emitimos um comunicado de ‘procura-se’, mas desde então nós não tivemos notícia do paradeiro dele”, disse um oficial da polícia de Nukus na capital da República Autônoma do Karakalpaquistão.
A esposa de Makset Djabbarbergenov deu à luz ao terceiro filho no dia 4 outubro, mas ele teve de se esconder para fugir da detenção.
Ao ser questionado sobre o motivo pelo qual Makset Djabbarbergenov está sendo caçado, o policial de Nukus, que não quis se identificar ao “Forum 18”, apenas insistiu que o protestante quebrou a lei.
“Ele reúne as pessoas na casa dele para atividades religiosas”, alegou o oficial. “Ele pode acreditar no que quiser, mas o que ele faz é promover agitação e ele não tem permissão para isso. Ele tem que ter uma comunidade religiosa oficial para poder fazer isto.”
Perguntado por que não são permitidos aos crentes a prática livre da fé deles, o oficial respondeu: “Essa é a lei”. E colocou o telefone no gancho.
O anúncio de “procura-se” de Makset, no idioma russo e do qual o “Forum 18” obteve uma cópia, diz que a caça a ele é “de importância especial.” Datada de 20 de agosto, o comunicado é assinado pela líder da polícia de Nukus, coronel S. O. Hojanazarov.
O documento declara que Makset Djabbarbergenov é acusado de uma ofensa segundo o artigo 229-2 do Código Criminal, que pune “todo e qualquer procedimento de ensino religioso” e prevê pena de até três anos de prisão.
O anúncio
Ao lado do há uma fotografia do passaporte de Makset com detalhes pessoais, incluindo a data de nascimento dele, o endereço residencial e a informação de que ele se locomove em um Lada azul. “Ele é um membro ativo do Movimento Religioso Jesus é o Messias”, registra o texto.
O anúncio ainda declara: “Eu lhe peço que junte todo o seu pessoal e faça um resumo do caso. Por favor, envie ao escritório qualquer informação sobre o paradeiro dele. Enviaremos imediatamente uma escolta. Coloquem a informação de ‘procura-se’ em todos os murais e em postos de fiscalização.”
Fonte: Portas Abertas