No último domingo, 03 de outubro, a Polícia Civil de Juiz de Fora (MG) realizou uma operação chamada “Não Furtarás” e prendeu uma mulher acusada de furtar fiéis durante o culto de uma igreja da cidade.
A acusada, de 46 anos, foi identificada por imagens das câmeras de segurança da igreja evangélica localizada na avenida Rio Branco, no bairro Mariano Procópio. As queixas sobre o furto indicam que mais de R$ 2,6 mil tinham sido levados dos fiéis, além de celulares e outros objetos.
Uma das vítimas, uma idosa de 82 anos, teria levado R$ 2.030 para doar à igreja. O valor teria sido juntado ao longo do tempo, e como ela tem dificuldades de locomoção, o envelope com a quantia estava em uma bolsa de uma amiga, de 76 anos.
Antes do momento de oração para a coleta das ofertas, a bolsa da idosa de 76 anos foi levada, junto com outros R$ 500, que pertenceriam a ela.
Uma terceira vítima, de 50 anos, teve óculos, chaves, cartões, documentos, celular e R$ 70 furtados, de acordo com o portal Tribuna de Minas.
Mão leve
“Consegui as imagens na igreja e começamos a procurar [quem pudesse ter praticado os furtos]. Identificamos essa mulher, e ela foi intimada duas vezes, mas não compareceu à delegacia. Diante disso, entrei com pedido de prisão preventiva, que foi cumprido no endereço dela, no Bairro Industrial”, resumiu a delegada Ione Barbosa.
A titular da 4ª Delegacia de Polícia Civil em Juiz de Fora acrescentou que a acusada teria confessado o furto de uma bolsa na ocasião, por estar em dificuldades financeiras, mas estaria arrependida porque “quando começou a furtar em igreja, tudo teria dado para trás na vida dela”.
Apesar da confissão de apenas um furto no dia em questão, as filmagens mostram que ela saiu do templo carregando três bolsas, sendo uma dela e duas das fiéis que deram queixa.
“Geralmente ela chega mais cedo, no começo da manhã, e fica sentada perto de pessoas idosas. Aproveita o momento em que estão com os olhos fechados, em oração para abençoar o dízimo, para praticar o furto”, explicou a delegada.
Como os cultos ocorrem de hora em hora, a acusada estaria adotando a estratégia de esperar a igreja encher para agir normalmente: “Ela aproveita da vulnerabilidade dessas vítimas. Nas imagens, as mulheres estavam sentadas na mesma fileira, uma ao lado da outra, e ela estava atrás. Depois aparece saindo com as bolsas no meio da oração”.
O caso ainda está sendo investigado para descobrir se a mulher estaria envolvida em outros casos de furto, já que ela já teria passagem pela Polícia por tráfico de drogas.
A delegada Ione Barbosa acrescentou que a acusada será indiciada por furto qualificado mediante destreza em relação a cada uma das três vítimas, que tem pena entre dois a oito anos de reclusão.