A perseguição das autoridades chinesas ao cristianismo teve um novo episódio recentemente, com a invasão de policiais a um culto, que havia sido denunciado como uma reunião ilegal.
A China vem estimulando a delação de cultos domésticos ou reuniões das chamadas “igrejas clandestinas”, com a oferta de recompensas em torno de R$ 800 para os denunciantes.
No último domingo, 22 de agosto, a Polícia do distrito de Chenghua, invadiu um culto doméstico e apreendeu 17 cristãos adultos e 10 crianças, e os levaram para a delegacia.
De acordo com informações da entidade China Aid, os policiais disseram aos fiéis que a blitz havia sido realizada após a denúncia feita por uma pessoa.
No momento que chegaram ao local, os policiais tentaram arrombar a porta, e foram questionados pelo pastor Dai Zhichao se possuíam um mandado. A reação foi violenta: um dos policiais agrediu o pastor e um fiel que o acompanhava, identificado como Hao.
Em seguida, os policiais entraram no imóvel e confiscaram os smartphones de dois fiéis, além de levarem os demais para delegacias correspondentes ao endereço de moradia de cada um.
Depois de colher os depoimentos, a Polícia liberou todos os cristãos que haviam sido apreendidos, com exceção de um fiel chamado He e o pastor Dai Zhichao, que está sendo mantido preso, mas o tempo de detenção não foi informado.
No passado, um influente morador do distrito tentou convencer Dai Zhichao a apostatar da fé cristã e deixar de participar dos cultos, mas ele se recusou.