O governo conservador do presidente Jair Bolsonaro vem enfrentando inúmeras ações da militância progressista, e um caso recente no Ministério da Educação envolvendo a “linguagem neutra” teve desfecho positivo graças à pressão feita por parlamentares da bancada evangélica.
O site do MEC vinha usando a saudação “bem-vindx” aos usuários que acessavam a página do projeto Qualifica Mais. O uso do “x” em substituição ao “a” e “o” é uma “estratégia política do movimento LGBT para romper com o binarismo de gênero”, segundo o portal Revista Fórum, defensor da ideologia de esquerda.
A pressão contra a pasta dirigida pelo ministro Milton Ribeiro, pastor presbiteriano e professor com extensa carreira acadêmica, partiu dos representantes do segmento pentecostal na bancada evangélica, como os pastores Marco Feliciano (Republicanos-SP) e Otoni de Paula (PSC-RJ).
“Reitero que continuo apoiando o nosso PR Jair Bolsonaro! Mas com bem diz o querido irmão Pastor Malafaia, aliado não é alienado! Não posso fechar os olhos para o que está acontecendo no Ministério da Educação. Fui eleito para defender a igreja e a família”, disse Marco Feliciano em sua conta no Twitter.
Otoni de Paula foi mais específico ao criticar a nova presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Claudia Mansini, que possui histórico de defesa do progressismo: “Até algumas horas atrás o MEC dava BEM-VINDX aos brasileiros que acessavam o site. Não me venham com erro de digitação. Quem teve a coragem de digitar pronome neutro em site oficial do governo? Não basta a nomeação de uma esquerdista para o CAPES que até ontem falava contra o PR?”, criticou.
A pressão intensa resultou numa mudança na página do MEC, que removeu a “linguagem neutra” e afirmou em nota que o material havia sido produzido externamente e que, assim que tomou conhecimento solicitou “imediatamente” a correção do texto.
O próprio ministro Milton Ribeiro comentou o episódio após publicação do jornalista Allan dos Santos criticando o material: “Obrigado Allan, já verificamos, corrigimos e estamos identificando os responsáveis. Apuramos que tal formulário não se originou no MEC, mas decorreu de texto inicial no parceiro EDULIVRE. É realmente inadmissível. Novamente agradeço a vigilância”.
Até algumas horas atrás o MEC dava BEM-VINDX aos brasileiros que acessavam o site. Não me venham com erro de digitação. Quem teve a coragem de digitar pronome neutro em site oficial do governo? Não basta a nomeação de uma esquerdista para o CAPES q até ontem falava contra o PR? pic.twitter.com/1IUnDVKxqB
— Otoni de Paula (@OtoniDepFederal) April 23, 2021
Reitero q continuo apoiando o nosso PR @jairbolsonaro! Mas como bem diz o querido irmão @PastorMalafaia, ALIADO NÃO É ALIENADO! Não posso fechar os olhos para o que está acontecendo no Ministério da Educação. Fui eleito para defender a Igreja e a família! https://t.co/ejVUAAsvOw
— 👊🇧🇷 Marco Feliciano (@marcofeliciano) April 23, 2021
Obrigado Allan, já verificamos, corrigimos e estamos identificando os responsáveis. Apuramos que tal formulário não se originou no MEC, mas decorreu de texto inicial no parceiro EDULIVRE.
É realmente inadmissível.
Novamente agradeço a vigilância. 🇧🇷🤝 pic.twitter.com/oiouB6IVme— Milton Ribeiro (@mribeiroMEC) April 23, 2021