Cidade do Vaticano, 29 jan (EFE).- A primeira encíclica do Papa Bento XVI, “Deus caritas est”, publicada em janeiro de 2005, se transformou na mais vendida da história, com 1 milhão e 400 mil cópias só na Itália, segundo informou hoje a editora do Vaticano.
A editora, que tem os direitos de todos os documentos pontifícios, acrescentou que o êxito da encíclica foi internacional.
O documento foi traduzido pela primeira vez ao russo e ao chinês, e para a linguagem braille, para cegos.
Pela primeira vez, esgotaram-se as 2 mil cópias da edição em latim de “Deus Caritas Est”. Nas encíclicas anteriores, a média de vendas em latim era de 400 exemplares.
Segundo afirmou hoje em entrevista à rádio vaticana o predicador da Casa Pontifícia, Raniero Cantalamessa, a “Deus caritas est” devolveu “o fundamento de ser cristão ao centro das atenções”.
Cantalamessa explicou que um dos segredos do êxito da encíclica foi “estar no centro de tantas reflexões, e inspirar discussões também no mundo laico”.
A primeira encíclica de Bento XVI surpreendeu ao não traçar, como costuma ser tradição nos papas, as linhas do pontificado, mas se referir somente ao amor e à caridade eclesiástica.
No texto se afirma que o amor por excelência é entre um homem e uma mulher; que a Igreja não pode substituir o estado na hora de buscar a justiça, e que o “sonho” marxista se desvaneceu. EFE ccg gs
Fonte: Último Segundo