A censura à liberdade religiosa proposta pelo secularismo é usada com uma embalagem construída através do pensamento politicamente correto, a falsa compreensão da laicidade do Estado e da demarcação de territórios proibidos para expressões de fé. Essa estratégia é comumente usada por ativistas de filosofias e ideologias políticas de esquerda para barrar o cristianismo.
O caso mais recente de ativismo pró-censura religiosa foi registrado na cidade de McCordsville, em Indiana (EUA), com uma professora de uma escola pública redigindo uma carta aos pais de seus alunos estabelecendo que, em sala de aula, “Deus” estava proibido.
A professora justificou sua decisão ditatorial afirmando que “cerca de cinco alunos” estavam usando as palavras “Deus, Jesus e diabo” durante conversas com os colegas de classe, e que sua proibição era necessária para que crianças de crenças diferentes, ou de orientação ateísta, não fossem ofendidas.
“Pelo fato da escola primária de McCordsville ser uma instituição pública, temos muitas religiões e crenças diferentes, e não quero contrariar uma criança ou pai por causa do uso dessas palavras”, dizia um trecho da carta enviada pela professora. “Se você frequenta a igreja ou discute essas coisas em casa, por favor, tenha uma conversa com seu filho sobre o momento e o lugar apropriados para falar sobre isso”, acrescentava a notificação.
Pais reagiram à iniciativa da professora e procuraram a mídia para denunciar o autoritarismo. A emissora The Indy Channel, afiliada da rede ABC, procurou o superintendente da escola, Shane Robbins, para ouvir a postura oficial da instituição sobre o assunto, e ele afirmou que a direção estava discutindo o caso e deu a entender que via um excesso da parte da professora.
“Nessa situação, queremos simpatizar com todos os nossos alunos com diferentes crenças. Mas, no fim do dia, eles têm a liberdade de dizer as coisas, desde que não sejam incômodas para o ambiente”, disse Robbins, ciente da censura imposta aos alunos pela professora e também das recomendações da legislação, que determina que não se “apoie ou iniba” manifestações de fé.