A polícia pediu nesta segunda-feira à Justiça a prisão temporária do motorista do Tempra, tido inicialmente como roubado, em Copacabana, e onde estariam os assassinos da professora de religião Vitória Lúcia Marques Kurrik, de 55 anos , na noite de domingo, na Rua da Passagem, em Botafogo, na Zona Sul do Rio ( veja fotos do caso ). A vítima, que foi enterrada na tarde desta segunda no Cemitério São João Batista, estava num Santana dirigido pelo padre Frank Luis Franciscatto, de 41 anos.
Conforme matéria publicada nesta terça no jornal O Globo ( matéria na íntegra, para assinantes ), uma fonte informou que a polícia descobriu ter sido uma falsa comunicação de crime o registro do roubo, feito na 12ª DP (Copacabana). Porém, o grau de envolvimento do motorista com a quadrilha – de traficantes de um morro da Zona Sul já identificados – não foi informado. Para o delegado Eduardo Batista, titular da 10ª DP (Botafogo) e responsável pela investigação, o caso é inédito e abre um precedente grave .
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, admitiu que a seqüência de crimes só aconteceu por falta de policiamento ostensivo no Rio.
– Foi um crime bárbaro, que aconteceu por falta de policiamento ostensivo. Ele é um problema para nós. Melhorou, mas precisamos melhorar mais. É uma questão complexa. Estamos fechando algumas unidades para aumentar o policiamento ostensivo. Tirando policiais da atividade meio para aumentar a ostensividade – informou Beltrame.
Peritos do Instituto Félix Pacheco (IFP) já recolheram digitais encontradas nos três carros usados pelo bando e, segundo fontes, todos os criminosos foram identificados. Beltrame disse que a leitura das digitais é um trabalho de importância crucial para a identificação dos envolvidos no crime.
Em poucas horas, o bando abordou pelo menos quatro motoristas, roubou dois carros e atirou no veículo onde estavam Vitória e o padre Frank, da Igreja de Santa Teresinha do Menino Jesus. Internado no Hospital Miguel Couto, o religioso, nascido no Rio Grande do Sul, que veio há seis meses para o Rio estudar psicologia, está fora de perigo.
Fonte: O Globo Online