A quarentena do novo coronavírus em imposto um grande desafio para às igrejas cristãs, que é a realização dos cultos a Deus por meio da internet, sem qualquer contato entre os membros da congregação.
Por mais que o mundo atual naturalmente ofereça inúmeros recursos tecnológicos e muitas igrejas já façam uso dessas ferramentas para a transmissão de cultos online, a falta de proximidade entre os fiéis surgiu como um elemento difícil de encarar.
Parte disso, certamente, se deve ao fato de que a convivência entre os irmãos é algo de extremo valor para os seguidores de Cristo, acostumados a realizar encontros semanais e atividades em grupo.
Diante deste cenário, cerca de 500 igrejas localizadas na Califórnia, Estados Unidos, estão planejando reabrir suas portas no próximo dia 31 de maio, mesmo sem à autorização das autoridades sanitárias.
“As igrejas não estão pedindo permissão”, disse Bob Tyler, um advogado de liberdade religiosa que aconselha os pastores envolvidos na iniciativa. Eles se uniram para defender a reabertura das igrejas através da própria iniciativa.
“O governador está sentado aqui como um ditador, superando a Constituição e está meio que se apegando a esse estado de emergência pelo tempo que puder”, destacou o advogado.
Igrejas no Brasil
O fechamento das igrejas no Brasil também tem provocado polêmicas. Em Pernambuco, por exemplo, onde esta semana foi estabelecido o chamado “Lockdown”, ou restrição mais radical de circulação das pessoas, à Associação Nacional de Juristas Evangélicos precisou emitir uma nota alertando sobre possíveis abusos contra a liberdade religiosa.
“A ANAJURE argumenta que, da forma como está no Decreto 49.017/2020, há violação da liberdade religiosa”, diz a nota da entidade, explicando que apesar de compreender a necessidade de medidas mais radicais de contenção do novo coronavírus, direitos fundamentais da população não podem ser negligenciados.
“A ANAJURE também entende que a situação da saúde pública e privada em Pernambuco é de extrema gravidade – e por isso mesmo – concorda com as medidas tomadas pelo Poder Público – para este momento -, mas ressaltamos que as liberdades civis fundamentais não podem ser mitigadas ao arrepio da Constituição Federal e das demais leis vigentes no país”, diz a nota.