Armados com facões e fuzis modelo AK47, também conhecidos como “Kalashnikov”, homens suspeitos de pertencer à etnia Fulani, na Nigéria, invadiram uma aldeia pastoral no Estado de Plateau, deixando um rastro de destruição e morte, incluindo a vida de um pastor, sua esposa e três filhos, todos assassinados friamente ao serem queimados vivos.
Segundo informações do Christian Post, além da igreja que o pastor Adamu Gyang Wurim liderava, também foram queimadas 95 casas no local. O pastor e sua família tentou se esconder dos radicais islâmicos na própria casa, mas acabaram morrendo queimados.
“Houve ataques no meu círculo eleitoral por suspeitos agricultores Fulani, matando oito pessoas, incluindo um pastor, sua esposa e três crianças queimadas na aldeia de Abonong e também uma pessoa morta em Dorowa, enquanto duas ainda estão desaparecidas”, declarou Peter Gyendeng, um político responsável pela região do ataque.
Onda de perseguição aos cristãos na Nigéria
Outro caso semelhante ocorreu no Sudoeste da Nigéria, envolvendo o também pastor David-Olonade Segun. No entanto, a pessoa queimada viva por membros do grupo terrorista islâmico Boko Haram, foi o pai do pastor.
Os extremistas invadiram a casa do pastor, mas ele não estava. Só restou o pai do líder, que após se recusar a negar a fé em Jesus Cristo, foi queimado vivo junto com a casa do pastor. Atualmente David e sua família vivem como refugiados na Holanda, onde fazem um trabalho missionário.
A onda de perseguição religiosa aos cristãos na Nigéria vem crescendo desde o início desse ano. “Mais de 6.000 pessoas, a maioria crianças, mulheres e idosos foram mutilados e mortos em ataques noturnos por pastores armados Fulani” em 2018, declarou a Associação Cristã da Nigéria e chefes denominacionais de igrejas no Estado de Plateau.
A etnia Fulani tem sido responsável por grande parte dos ataques, causando a desconfiança de que estão obtendo a cumplicidade do presidente, Muhammadu Buhari, por ser da mesma origem étnica.