Quem acompanha temas como a liberdade religiosa já deve estar familiarizado com as acusações envolvendo o regime chinês. Dessa vez, porém, o Partido Comunista do País está sendo acusado de algo que ultrapassa quaisquer limites de violação aos direitos humanos, que é o crime de genocídio.
A acusação parte de um relatório elaborado por 50 especialistas em direitos humanos e divulgado ainda no ano passado, o qual está sendo reforçado também este ano por pessoas como Ryan Foley, um jornalista do Christian Post que conhece bem a situação de uma minoria religiosa mulçumana chamada “Uigure”.
“Estima-se que 1 a 3 milhões de uigures foram detidos em campos de concentração desde 2016”, explica Foley. “Enquanto os críticos se referem a eles como campos de reeducação… o governo chinês afirma que os campos são necessários para erradicar o extremismo”.
No entanto, os dados revelados pelo relatório do Newlines Institute for Strategy and Policy, confrontam diretamente qualquer noção de “reeducação” alegada pelo Partido Comunista da China. Segundo o levantamento, o que está em curso no país é um verdadeiro genocídio do povo Uigure.
O documento diz que o governo chinês “tem a responsabilidade de estado por um genocídio em curso contra os uigures em violação da Convenção de Genocídio (ONU)”, apesar das negativas do regime de Xi Jinping.
Mas, segundo Azeem Ibrahim, um dos especialistas que assinaram o relatório e que também é diretor da Newlines, a China realmente “é uma grande potência global, cujas lideranças são os arquitetos de um genocídio”, informou a CNN.
Ryan Foley explicou que a situação das mulheres uigures é ainda pior, pois elas também sofre os mais diversos tipos de tortura e humilhação. A opressão, portanto, não envolve apenas a questão da liberdade religiosa, mas à dignidade humana em si.
“As mulheres nos campos estão sujeitas a estupro, tortura e trabalho forçado”, disse ele em um podcast exclusivo para o Christian Post.
Enquanto o mundo denuncia o governo chinês, no entanto, o Partido Comunista do país segue o seu curso de práticas abomináveis contra minorias, quer sejam muçulmanas, budistas ou cristãs.