O senador Magno Malta (PR-ES) afirmou durante um discurso no Senado na última semana, que a solução para a recuperação de dependentes químicos passa pela ação da igreja, e que a única forma de combater o crack é “Deus de manhã, Jesus ao meio-dia e Espírito Santo à noite”.
A frase do senador foi proferida durante um aparte ao discurso de seu colega, senador Paulo Paim (PMDB-RS), que afirmava considerar insuficientes as ações do governo para conter a disseminação do crack.
Segundo pesquisadores, o crack é a droga com maior potencial destrutivo que se tem conhecimento, e que o dependente químico se torna viciado nela já no primeiro uso. O site de Magno Malta relata que 18% dos usuários de crack morrem no primeiro ano.
“A ciência ainda não descobriu nenhum remédio para cura do viciado, mas eu sei, na prática, que com a minha receita espiritual curamos este diagnóstico: Deus de manhã, Jesus ao meio-dia e Espírito Santo a noite”, afirmou o senador, que há mais de trinta anos atua na recuperação de dependentes com o Projeto Vem Viver, em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Espírito Santo.
O senador ainda lembrou dos alertas sobre o crack, feitos por ele à época da CPI do Narcotráfico, quando foram feitas prisões de grades traficantes, como Fernandinho Beira Mar: “Já nesta época que só se falava em maconha e cocaína, eu já previa a chegada de uma droga poderosa para destruir principalmente os jovens. E o crack chegou velozmente para viciar, desorientar, desunir lares e matar”, lamentou.
“Vivemos em uma sociedade de alcoólatras, com autoridades, de copo cheio na mão, não encontram solução para combater e enfrentar com vontade política, o grave problema do avanço das drogas em todas classes sociais. É uma sociedade hipócrita, que bebe, fuma e deixa péssimos exemplos para os mais novos. Só vejo as comunidades terapêuticas, geralmente voluntários, trabalhando corretamente na recuperação de dependentes químicos. Não é brincadeira, mas o único remédio que eu conheço é Deus de manhã, Jesus ao meio-dia e o Espírito Santo de noite”, reforçou o senador durante sessão plenária do Senado.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+