O governador da Califórnia, Gavin Newsom, anunciou que pretende transformar o estado do oeste americano em uma espécie de “santuário do aborto” no país, e pretende criar mecanismos para financiar a viagem e os procedimentos para mulheres que vivam em estados cuja interrupção da gravidez seja restrita.
Newsom, do Partido Democrata, é um dos expoentes do movimento progressista nos Estados Unidos e um dos mais radicais defensores de temas que conflitam de forma direta com a herança cultural e religiosa dos Estados Unidos.
Embora a Califórnia seja o estado mais rico do país, as medidas socialistas implementadas pelo governo local vêm transformando as cidades de forma negativa: estudos indicam que um a cada quatro mendigos dos EUA vivam no estado. São 160 mil pessoas nessa situação, com um aumento de 24% entre 2018 e 2020.
Os índices de violência crescem ano após ano, e autoridades policiais recomendam aos moradores que evitem os grandes centros urbanos, pois a concentração de pessoas marginalizadas – seja pelo desemprego, seja pelos vícios em drogas – tornam esses lugares verdadeiras terras sem-lei.
O presidente do sindicato dos policiais de Los Angeles, Jamie McBride, dimensionou a situação: “Não podemos garantir sua segurança. A cidade está mesmo fora de controle”. Essa visão foi corroborada pelo ex-prefeito de Los Angeles, Antonio Villaraigosa: “Roma está em chamas”.
‘Santuário do aborto’
O mandatário do Partido Democrata fez o anúncio do investimento oficial no incentivo ao aborto com o orgulho de quem estaria defendendo a justiça, os Direitos Humanos ou mesmo ações de solidariedade:
“Seremos um santuário […] Estamos procurando formas de apoiar essa iniciativa e de aumentar nossos direitos”, anunciou Newsom, prometendo criar programas que paguem as despesas de viagens, incluindo combustível, hospedagem, transporte e até creches para as mulheres que pretendem matar seus fetos na Califórnia.
Ben Shapiro, um dos principais comunicadores conservadores dos Estados Unidos, publicou artigo expressando pesar pelos rumos do estado: “Hoje, cerca de 15% dos abortos nos Estados Unidos são realizados na Califórnia, de acordo com o Guttmacher Institute. Esse número pode aumentar exponencialmente se o estado começar a subsidiar abortos em seu território”.
Embora o radicalismo do governador Newsom em sua utopia socialista venha resultando, ano após ano, em aumento da pobreza, violência e instabilidade econômica, os adeptos do progressismo seguem dobrando a aposta.
“Por que a Califórnia continua adotando políticas cada vez mais radicais? Porque o radicalismo em si é a justificativa moral para o fracasso dessas medidas. Os democratas podem argumentar que a criminalidade e a miséria estão fora de controle, a economia está estagnada e as empresas estão abandonando o estado. Isso tudo, contudo, é moralmente justificável porque a Califórnia tem um objetivo mais elevado: a busca pela utopia de esquerda”, concluiu Shapiro.