Uma jovem fã de serial killers e símbolos satânicos chamada Shaye Groves, de 27 anos, residente em Havant, Hampshire, na Inglaterra, está sendo acusada de matar brutalmente o próprio namorado com 22 duas facadas, enquanto ele estava dormindo.
O crime ocorreu em 17 de julho do ano passado, mas está com o seu julgamento em andamento neste mês. A vítima, um rapaz de 25 anos chamado Frankie Fitzgerald, recebeu um primeiro golpe mortal no pescoço, desferido por Groves com uma adaga, segundo ela, utilizada em seus “rituais”, e as demais no tórax.
Segundo o procurador Steven Perian, que investiga a motivação do crime, o casal mantinha um tipo de relação que “envolvia escravidão, domínio, submissão e masoquismo”, práticas também conhecidas pela sigla BDSM.
Chamou atenção das autoridades o fato de Groves ser fã de assassinos em série retratados em seriados, como Ted Bundy e Jeffrey Dahmer. Ela não apenas os assistia assiduamente, como mantinha fotos deles em seu quarto.
Também chamou atenção ela ter uma estante em formato de caixão e símbolos satânicos como pentagramas, também chamado de “baphomet”, que representam um bode em referência à profanação do cordeiro simbolizado por Jesus Cristo.
“Conexão espiritual”
Questionada sobre o objeto que utilizou para supostamente matar o namorado, e o motivo pelo qual ela o guardava embaixo do seu travesseiro, Groves disse se tratar de uma adaga céltica, segundo o Daily Mail.
“O celta é grande no paganismo, então eu pensei que seria bom com meus rituais. Eu o guardei debaixo do travesseiro… porque é uma coisa boa a fazer; porque reúne conexão espiritual e, dois, para proteção”
Segundo as autoridades britânicas, Groves negou o crime, alegando que teria agido em legítima defesa após ter sido estuprada pelo namorado. Steven Perian, contudo, disse acreditar que a jovem planejou isso como álibi para o assassinato.
Groves, segundo Steven, via muitos documentários sobre assassinos e estava familiarizada com artifícios para forçar situações falsas, como as cenas de suposto estupro.
Ela disse ter gravado tudo e mostrou versões editadas dos vídeos, mas os investigadores encontraram os originais e a análise das imagens, segundo o procurador, sugerem que o ato sexual foi consensual.
“Quando as gravações de 30 de maio do CCTV [sistema de câmeras] são vistas no contexto, contradiz o relato do réu dos três curtos videoclipes que ela enviou a Vicky Baitup, dizendo que houve violência sexual não consensual por Frankie Fitzgerald”, disse o procurador, segundo o Clydebank Post.
Vicky Baitup é uma amiga de Groove, que recebeu a sua ligação por videochamada logo após o crime. A suspeita apareceu rindo e mostrando o corpo do namorado sobre a sua cama, ensanguentado.
“Acabei de perdê-lo. Eu apenas perdi. Peguei minha adaga e o esfaqueei no pescoço”, teria dito a jovem para a amiga. De acordo com Steven, a ligação feita por Groove “fornece uma visão da mente desse réu sobre sua capacidade de planejar um ataque a Frankie Fitzgerald e projetar uma situação em que ela seria considerada uma vítima.”
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