Cinco homens cristãos foram executados pela célula africana do Estado Islâmico, que divulgou um vídeo da morte dos fiéis como parte de um esforço de propaganda terrorista. As vítimas reiteram sua fé em Jesus Cristo antes de serem executados.
Os reféns faziam parte de um grupo de onze cristãos sequestrados no Natal na região nordeste da Nigéria. No dia 29 de dezembro, o grupo terrorista Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês), executou cinco deles e divulgou o vídeo através da Amaq, uma espécie de agência de notícias do grupo.
No vídeo, de 49 segundos, os terroristas ordenam aos reféns que digam seus nomes e em seguida, contem o motivo de estarem à beira da morte: “Eu sou um cristão”. Uka Joseph, Sunday, Wilson, Joshua Maidugu e Garba Yusuf, cumpriram a exigência antes de serem assassinados friamente.
Segundo o portal Morning Stars News, um dos terroristas faz ameaças em seguida: “Este é um aviso aos cristãos em todas as partes do mundo e na Nigéria. Não esquecemos o que vocês fizeram aos nossos irmãos na cidade de Zangon Kataf e em outras partes da Nigéria. Use as cabeças desses cinco irmãos seus para continuar com suas celebrações ímpias”.
A referência a Zangon Kataf, localizada no sul do estado de Kaduna, se dá por confrontos étnicos ocorridos em 1992, iniciados por causa da proposta de retirar um mercado das terras concedidas ao povo hausa, que é majoritariamente muçulmano. Os confrontos eclodiram entre eles e o povo atyap, que é predominantemente cristão, resultando em 60 mortes em fevereiro de 1992 e mais 400 no mês seguinte, quando jovens hausa mataram cristãos de várias tribos em retaliação.
De acordo com fontes ouvidas pelo Morning Star News na quarta-feira passada, 30 de dezembro, os cristãos martirizados no vídeo estavam entre os 11 sequestrados em Garkida, na véspera de Natal: “Que o sangue desses mártires continue falando pelo Evangelho. Que a Igreja não fique assustada e desanimada, em nome de Jesus!”, declarou Moses Abarshi, um líder cristão no norte da Nigéria.