A mais nova influência sobre igrejas evangélicas pentecostais e neopentecostais é chamada de teologia do coaching, uma nova abordagem que é vista como substituta da famigerada teologia da prosperidade.
Essa influência que, para muitos líderes cristãos tradicionais deturpa a mensagem bíblica, foi alvo de um artigo do pastor Renato Vargens, que considera a teologia do coaching um “modismo eclesiástico” que desvia o foco do fiel da mensagem de redenção para a busca por sucesso.
“Paulatinamente tem desvirtuado e corrompido a igreja brasileira. Seus protagonistas, os denominados coaches não pregam o Evangelho, mas, sim uma mensagem humanista, antropocêntrica e desprovida da graça de Deus”, criticou o pastor da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói (RJ).
Em seguida, no artigo publicado em seu blog, o pastor acrescenta que “a teologia do coaching é falsa e ladra da verdade pelo fato de que ela defende um cristianismo pelagiano, centrado no homem, em que o foco principal é a satisfação do indivíduo e não a glória de Deus”.
Renato Vargens elencou quatro motivos centrais para o sucesso da teologia do coaching em grande parte das igrejas evangélicas:
1 – Os evangélicos abandonaram a centralidade das Escrituras em suas vidas e igrejas.
2 – Cristo deixou de ser fonte de contentamento e suficiência para boa parte daqueles que se dizem cristãos.
3 – O hedonismo e o culto ao prazer tornou-se objetivo de uma igreja antropocêntrica e ensimesmada tendo sido vencida pelo secularismo e mundanismo.
4 – Os coaches pregam aquilo que o ouvinte quer ouvir, omitindo de suas mensagens palavras como pecado, erro, juízo e disciplina, construindo na mente do individuo a ideia de que tudo é relativo e que Deus existe somente para satisfazer única e exclusivamente as vontades da criatura.