O jogador Cicinho, 36 anos, lateral direito que defendeu algumas das principais equipes do futebol mundial, falou que teve um encontro com Deus em meio a um dos mais graves problemas de vício, o alcoolismo.
Em 2005, quando foi Campeão Mundial pelo São Paulo, teve sua imagem projetada para todo o mundo. No ano seguinte, após ser contratado pelo Real Madrid, disputou a Copa do Mundo na Alemanha pela Seleção Brasileira, e no meio de 2008, foi contratado pela Roma.
Em 2010, quando voltou ao São Paulo por empréstimo, ele já tinha problemas graves com a bebida, e revelou sua real condição aos psicólogos da equipe.
“Eu ficava abatido. Eu abri o jogo para os psicólogos do São Paulo e falei: ‘Eu sou um cara que não consegue beber um ou dois copos. Eu tenho que tomar até cair'”, afirmou, em entrevista ao Bola da Vez, da ESPN.
“Eles já viram essa situação. O Marco Aurélio Cunha e o doutor Sanchez vieram e disseram que precisávamos trabalhar. Mas eu já tinha comigo que eu queria parar. Até que fiquei os meses no São Paulo e voltei para a Roma a pedido do Luis Enrique. Quando eu cheguei lá eu conheci minha atual esposa, que procurou me mostrar o outro lado”, disse.
O retorno à Roma, aconteceu em 2011, ano em que conheceu sua atual esposa, que já era evangélica. Ela foi sincera com ele, e o alertou: “Se você continuar nessa vida aí, você vai morrer, cara”.
Com esse alerta, Cicinho abriu o coração, e mesmo ainda preso ao vício, vivenciou o momento de mudança de vida: “Eu tive um encontro desses com Jesus depois de ter tomado 18 caipirinhas e 14 long necks!”, contou.
O atleta, hoje recuperado e tido como um dos principais jogadores do Sivasspor, da Turquia – equipe treinada pelo ex-jogador Roberto Carlos – afirmou que sua família já esperava pelo pior: “Quando eu comecei a gerenciar minhas coisas, já tinha 10 seguros de vida nos nomes dos meus familiares porque eles viram que eu estava indo para o fundo do poço. É uma coisa séria que a bebida faz com você”, concluiu.