Seguindo os passos de uma das figuras mais conhecidas na história do ocultismo, Elena Petrovna Blavátskaya, ou simplesmente Madame Blavátskaya, como ficou mais conhecida, um grupo de mulheres que se identificam como bruxas chamou atenção da mídia internacional esta semana ao fazer uma cerimônia pública de feitiçaria em apoio ao presidente russo, Vladimir Putin. Lideradas por Alyona Polyn, que se diz líder do grupo e herdeira de uma "sabedoria ancestral", o grupo denominado "Império das Bruxas Mais Poderosas" é considerado o maior da Rússia no segmento da feitiçaria clássica, isto é, a que trabalha basicamente com o uso das simbologias e o poder da sugestão. “Que venha com grandeza, o poder da Rússia, que guie o caminho de Vladimir Putin de forma correta por meio de minha reza. Respire, Mãe Terra, abraçando a Rússia por todos os lados”, diz a autoproclamada chefe do grupo, Alyona Polyn. O apoio público das bruxas russas gerou críticas da oposição a Vladimir Putin. Isso porque, recentemente um homem, membro das Testemunhas de Jeová, foi preso no país por "extremismo". A religião é proibida na Rússia desde 2017, acusada de radicalismo. Teoricamente, para um país onde 75% da população é adepta do cristianismo católico ortodoxo, a bruxaria também deveria ser proibida. Entretanto, a manifestação pública de apoio ao governo parece massagear o ego de Putin, além de servir como marketing para os serviços ofertados pelas feiticeiras, entre eles trabalhos para atrair o "amor". “Nosso país enfrenta tempos difíceis, e gostaríamos de apoiar o presidente com a ajuda dos nossos poderes. Queremos que os vilões [que atacam Putin] fiquem em silêncio”, disse outra membro do grupo para a agência Reuters. Jüri Maloverjan, correspondente da BBC na Rússia, destacou o lado comercial do grupo de bruxaria, destacando que para muitos a feitiçaria se transformou em uma fonte de lucros, com serviços na faixa de US$ 80 (R$ 300), chegando a passar de US$ 150 (R$ 560), segundo informações dos portais The Moscow Times e BBC.