Quando o pastor Yang Hua, da Igreja Huoshi [Pedra Viva], foi libertado da prisão no último dia de 19, após dois anos preso injustamente na China por, supostamente, possuir informações confidenciais do Governo, o que muitos não imaginaram foi que o seu estado de saúde física estivesse tão debilitado. As condições desumanas na prisão deixaram sequelas praticamente irreversíveis para a vida de Hua, sendo uma delas a doença conhecida como "vasculite". Por conta dela, segundo informações da organização China Aid, o pastor ficou sem poder andar. A vasculite é considerada uma doença rara, de causa pouco conhecida, motivo pelo qual ainda não há cura para a doença, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia. A vasculite ocorre quando a parede dos vasos sanguíneos é invadida "por células do sistema imunológico causando estenose, oclusão, formação de aneurismas e/ou hemorragias", informa a Sociedade. Simplificadamente, se trata de uma inflamação dos vasos sanguíneos que se não for controlada a tempo, pode acarretar sérias consequências ao indivíduo, como foi o caso do pastor Hua. O tratamento se baseia no controle da doença, já que ainda não há cura para ela. A China Aid acredita que o pastor Hua desenvolveu a vasculite por conta das agressões que sofreu na prisão. Além disso, a falta de higiene e má alimentação também fizeram com que ele desenvolvesse diabetes. Superação e louvor a Deus Apesar das sequelas e saúde debilitada, o pastor não se deixou abater e permaneceu firme em sua fé no Senhor Jesus. Segundo a esposa, Wang Hongwu, assim que ele saiu da prisão “começou a cantar em alta voz", comemorando a libertação. “Embora meu marido tenha experimentado a desgraça, sua crença permanece firme”, disse ela, certa de que o seu testemunho servirá para impactar a vida de muitos ao redor do mundo. Após a libertação do pastor Yang Hua, o presidente da Missão Christian Solidarity Worldwide (CSW) se manifestou sobre o caso, revelando que eles continuam apreensivos com a situação dos cristãos na China, já que muitos outros líderes religiosos continuam presos: “Estamos extremamente preocupados com a opressão das autoridades sobre comunidades religiosas independentes na China, em particular o uso de detenções arbitrárias e tortura para pressionar os líderes religiosos a interromperem suas atividades”, disse Mervyn Thomas. "Pedimos às autoridades para cessar todo o assédio contra a Igreja de Pedra Viva e outras igrejas independentes, e para liberar imediatamente e sem condições todos aqueles detidos em conexão com sua religião ou crença", acrescenta, segundo o portal The Christian Post.