Rodolfo Abrantes participou do programa Conversa com Bial ao lado do amigo e ex-companheiro de banda, Digão, e falou sobre a importância do perdão para impedir que as mágoas se consolidem nos relacionamentos. E não descartou a possibilidade de voltar a tocar com o amigo em algum momento.
Pedro Bial abriu a entrevista com a dupla perguntando a Digão o que foi que o motivou a buscar a reaproximação e a reconciliação. O guitarrista contou que sua mulher o fez ver que ele sempre falava das histórias do Raimundos com alegria, e que esse ponto o levou a outras descobertas, já que o fez enfrentar a vida como uma jornada de aprendizado.
“Com o tempo, entendi que [a saída do Rodolfo] foi um presente. Ele me fez aprender a andar com os meus próprios pés, porque eu estava me apoiando muito nele, nos Raimundos”, acrescentou.
Em sua fala, Rodolfo aproveitou para enfatizar que não teve tempo de nutrir mágoa pelas críticas que recebia dos ex-companheiros de banda, muito menos de Digão, pois havia mergulhado no aprendizado da mensagem do Evangelho e sua pregação, e isso não deixava espaço para sentimentos ruins.
“Eu aprendi algo a respeito de perdão. O perdão não é hipocrisia, não é hipócrita, mas muitas vezes você não consegue perdoar tudo de uma vez. Você vai exercitando o perdão, você vai começando a pensar diferente. Você às vezes está querendo matar a pessoa, aí você fala ‘não, já não quero matar, quero só que morra’, sabe? Aí depois você não quer nem que morra, só quer que fique triste. Depois, quando você vê, você está desejando o bem, você está amando”, acrescentou Rodolfo.
O apresentador interveio para dizer que estava emocionado com o relato dos amigos sobre a reconciliação, e Rodolfo revelou que desde a conversa inicial com Digão, se sente mais leve: “Depois de ter falado com Digão eu percebi o tamanho do peso que saiu de mim. Se eu conseguia correr com uma mochila de 50 quilos nas costas agora eu vou sair voando, porque essa mochila saiu”.
“Eu não tenho dúvida que eu e Digão vamos voltar a fazer um som juntos. Porque é inevitável”, concluiu Rodolfo.