Um novo ataque por parte da imprensa a um gesto de oração, associando-o à saudação nazista, foi feito por parte de figuras da imprensa, como a jornalista Vera Magalhães.
No Twitter, a apresentadora do Roda Vida, da TV Cultura, publicou uma foto em que um grupo de militares cristãos oram por Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, e repetiu a insinuação feita na última semana por Ricardo Noblat, da Veja.
“É disso que se trata. Se você tem uma explicação, uma justificativa, um ‘mas’ ou uma flanela para passar, vai que é sua, Taffarel. A história lembrará”, escreveu Vera Magalhães.
A publicação, no entanto, foi confrontada por outro jornalista, Rodrigo Constantino: “Opção 1: ela não sabe que se trata de uma bênção religiosa, não uma saudação fascista, o que depõe contra seu papel de jornalista; opção 2: ela sabe muito bem e mesmo assim tenta tirar casquinha política, o que depõe sobre sua falta de caráter. E de um bando de bajulador por aí”, disparou.
A polêmica vem se estendendo desde que, no dia 12 de maio, Ricardo Noblat publicou uma foto de cidadãos orando por Bolsonaro na saída do Palácio do Alvorada, acompanhada de uma imagem do regime nazista.
O ministro da Justiça, André Luiz Mendonça, pastor presbiteriano, lamentou o episódio: “Indignação com o preconceito e a intolerância tão descarados contra evangélicos que estão apenas orando e pedindo que Deus abençoe o país e o nosso presidente. Pena pela revelação da total incapacidade de um jornalista em interpretar a realidade das coisas”.
Ainda assim, Noblat voltou a repetir a provocação no último domingo: “Qualquer semelhança é mera coincidência”, escreveu, legendando as fotos que associam a oração ao nazismo.
Na esteira da criação de narrativas, o ex-deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), também repetiu a comparação, aproveitando para capitalizar politicamente: “Sou professor de História há 45 anos e jamais imaginei ver, depois que nos livramos da ditadura civil-militar de 64, esta cena em qualquer palácio de governo. O repúdio a essa escalada autoritária e neofascista tem que ser amplo, geral e irrestrito. Bolsonaro tem que cair.
É disso que se trata. Se você tem uma explicação, uma justificativa, um “mas” ou uma flanela para passar, vai que é sua, Taffarel. A história lembrará pic.twitter.com/vpZVUozZjM
— Vera Magalhães (@veramagalhaes) May 18, 2020
Sou professor de História há 45 anos e jamais imaginei ver, depois que nos livramos da ditadura civil-militar de 64, esta cena em qualquer palácio de governo. O repúdio a essa escalada autoritária e neofascista tem que ser amplo, geral e irrestrito. Bolsonaro tem que cair. pic.twitter.com/2dB1piI3PQ
— Chico Alencar (@50ChicoAlencar) May 18, 2020
Opção 1: ela não sabe que se trata de uma bênção religiosa, não uma saudação fascista, o que depõe contra seu papel de jornalista; opção 2: ela sabe muito bem e mesmo assim tenta tirar casquinha política, o que depõe sobre sua falta de caráter. E de um bando de bajulador por aí. pic.twitter.com/YSEGeo63K2
— Rodrigo Constantino (@Rconstantino) May 19, 2020