O vídeo de um autodeclarado pastor depilando as genitálias de mulheres que frequentam os cultos dirigidos por ele voltou a circular em grupos de WhatsApp, causando estranhamento entre muitos cristãos brasileiros.
O caso foi registrado em 2021, repetindo escândalos protagonizados por igrejas neopentecostais na África, que acabam ocupando manchetes por conta do comportamento repulsivo de muitos de seus líderes.
Nesse episódio que voltou a circular em grupos, um suposto pastor aparece depilando as genitálias de algumas das fiéis de sua igreja durante o culto, alegando que isso traz a elas ‘unção’ do Espírito Santo.
O vídeo com as cenas do culto mostra o pastor recebendo as mulheres, uma a uma, para fazer a depilação de suas partes íntimas. O nome do religioso não foi revelado, mas o registro foi feito em Gana.
Durante o culto, o pastor fala aos presentes de forma desinibida, e conta com o auxílio de um obreiro enquanto depila as fiéis. Ao final de cada uma das depilações, ele se ajoelha a seus pés e ora por elas, como se estivesse invocando alguma espécie de dom ou poder.
Algumas das mulheres chegam a cambalear, e logo o religioso encerra a prece. A repercussão à época foi bastante negativa, semelhantemente à ocorrida em 2014, quando um pastor em Nairóbi, Quênia, proibiu as mulheres que frequentavam sua igreja de usarem roupas íntimas durante os cultos.
O argumento era bastante semelhante ao usado pelo ganês: sem calcinhas, elas poderiam sentir-se mais próximas de Deus, dizia o pastor queniano. O pastor Njohi, líder da Lord’s Propeller Redemption Church, em Nairobi, dizia acreditar que se as mulheres estivessem sem sutiã e calcinhas, poderiam ficar livres em sua “mente e corpo” e tornar o contato espiritual mais simples.
O portal inglês Metro ironizou o fato dizendo que “estranhamente o pastor não ordenou aos homens que fossem sem cuecas ao culto”.
Esse modo estranho de se aproximar de Deus também já havia sido notícia na África do Sul, com um pastor que mandou os fiéis comerem grama durante o culto.