O deputado federal e ativista gay Jean Wyllys (PSOL-RJ) comentou a aprovação, na Câmara Municipal de São Paulo, do projeto de lei que cria o Dia do Combate à Cristofobia na cidade, e afirmou que não existem casos de perseguição a cristãos que justifiquem a data.
Em um artigo publicado em seu site, Wyllys acusou os vereadores paulistanos de aprovarem a data para atacarem a militância LGBT: “A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou mais uma data comemorativa sem relevância, desta vez para atacar a livre expressão de LGBT’s: o dia de combate à ‘cristofobia’. Essa legislação faz parte de um discurso desonesto, defendido há tempos por fundamentalistas ultraconservadores, segundo o qual a defesa de direitos e liberdades civis para LGBT’s configura uma forma de discriminação contra os praticantes do cristianismo”, afirmou o deputado.
Para Jean Wyllys, uma data que alerte sobre a perseguição religiosa contra cristãos é um gesto de “desonestidade intelectual” por supostamente querer atribuir à comunidade LGBT uma aversão aos cristãos: “A acusação (sic) de ‘cristofobia’ (uma fobia que não existe) é absurda e aviltante. É evidente que gays, lésbicas, bissexuais, travestis e as pessoas trans não têm ‘fobia’ de Cristo ou do cristianismo. Há, inclusive, muitos que praticam o cristianismo em diferentes igrejas, da mesma forma que há os que praticam outras religiões e também os ateus. Insinuar que a crítica dirigida aos discursos de ódio e preconceito contra os LGBT é uma crítica à religião é mais um ato de má-fé e desonestidade intelectual”, disse o ex-BBB.
Em um gesto hostil, Wyllys classificou de “fantasia imaginária” a perseguição religiosa a cristãos, que ele recusa a reconhecer, e afirmou que a lei, no fundo, é uma perseguição dos cristãos aos judeus: “A lei aprovada pela Câmara Municipal mira na comunidade LGBT, mas pode em pouco tempo ter como alvo também a comunidade judaica, já que os judeus não acreditam que Jesus seja o Cristo nem o Messias; logo, essa tal ‘cristofobia’ não passa do velho antissemitismo disfarçado. Se há hoje, no Brasil, religiosos perseguidos e discriminados, estes são os das religiões de matriz africana (Candomblé, Umbanda e Batuque)”, acusou.
Perseguição religiosa
Frequentemente chegam notícias de diversos cantos do mundo em que cristãos sofrem por sua fé em Jesus. Não são poucos os casos de pessoas que perdem a vida por entregarem sua fé ao Filho de Deus.
Quando Wyllys se recusa a reconhecer que existe perseguição contra cristãos, ele ignora o fato de que, diariamente, dez cristãos perdem a vida em todo o mundo por acreditarem no sacrifício da cruz.
O ativista gay, reduzido à busca por privilégios para a comunidade LGBT e à defesa de projetos de lei que obrigariam o governo a custear cirurgias de mudanças de sexo para crianças sem necessidade da aprovação dos pais, desconhece o triste caso da cristã iraquiana que foi feita de escrava sexual por militantes do Estado Islâmico, com quem era obrigada a “casar” e se “divorciar” nove vezes por noite, em um legalismo usado pelos terroristas para driblar a lei sharia, que rege a lei da própria religião que seguem.
Ao dizer que não existe cristofobia, o deputado rejeita o fato de a Nigéria, atualmente, enfrentar uma guerra civil iniciada por extremistas muçulmanos do Boko Haram, que prega a aniquilação da fé cristã no país africano. Uma das mortes causadas por esse pensamento intolerante foi registrada recentemente, quando um cristão foi morto por linchamento sob a acusação de supostamente ter blasfemado contra Maomé.
A criança que foi queimada viva, e nos últimos suspiros clamou a Deus para que perdoasse seus algozes também é uma “fantasia” para Jean Wyllys. Isso, para listar apenas alguns dos casos que, com dor, frequentemente são registrados neste portal.