A Igreja Luterana Ebenézer, em São Francisco, nos Estados Unidos, realizará a “Conferência Anual de Fé e Feminismo”, e entre os palestrantes estará presente Loreon Vigne, Sacerdotisa da deusa da fertilidade egipícia Ísis. Entre os ensinamentos de Loreon, está uma prática da Nova Era: a “meditação dirigida”. O anúncio do evento atraiu inúmeras críticas.
Loreon Vigne dirige um templo pagão fundado por ela em 1978 em Geyserville, no estado da Califórnia. “Para mim, Ísis é a Mãe Natureza, que abrange tudo com suas asas. É uma deusa alada, que abrange todos os outros deuses, de todas as culturas do mundo”, explica Vigne.
A igreja Ebenézer tem o apelido “Herchurch” (significa “A igreja dela”, em inglês) e é conhecida por cultuar deus como se fosse uma mulher. No site da igreja, existe uma declaração em que são defendidas as práticas: “Somos uma comunidade diversificada, alicerçada na tradição cristã, com o propósito de recriar a imagem do divino como mulher. Nossas orações e nossa liturgia feminista remontam à tradição de invocar nomes como Mãe, Shaddai, Sophia, Ventre, Geradora, Aquela Que É. Isso só é possível por nossa uma visão renovada da natureza do Evangelho, guiados pela elevada sabedoria de Jesus”.
A palestrante do evento afirma que “a meditação dirigida é aquele momento em que todos os participantes fecham os olhos e você os conduz em uma jornada espiritual. Já levei pessoas a rever suas vidas passadas no Egito, cultura que dominava todos os segredos. Seu principal conceito era conheça a si mesmo, seu coração, sua alma e seu propósito divino”. Vigne ainda faz uma crítica aos cristãos que são contrários à aproximação com outras religiões: “Acredito que as pessoas se cansem dessas igrejas normais, que estabelecem um tipo de religião organizada. Eu sempre brinco que a minha religião é desorganizada”, afirma a Sacerdotisa.
Uma outra palestrante, Megan Rohrer, é uma pastora luterana transsexual. Segundo o Gospel Prime, para ela, a tendência de se fazer fusões religiosas só tende a crescer. “Acredito que o mundo está muito mais interessado na conexão entre as religiões do que na exclusividade. Não é algo assim tão incomum. O cristianismo foi fundado durante um período que viu o nascimento de muitas coisas”, afirma Megan. Sobre a possível rejeição de cristãos mais tradicionais, ela argumenta que “os cristãos que reclamam disso provavelmente não sabem o que é o paganismo. Qualquer coisa que seja diferente do que sua igreja ensine é contra os caminhos de Deus. Isso é algo muito limitado”.
Entre os luteranos contrários a esse tipo de evento, o Pastor Dan Skogen foi enfático: “Não se pode inventar esse tipo de coisa!” Ele afirmou ainda estar cansado da “constante zombaria contra a Palavra de Deus”. A Igreja Evangélica Luterana da América (ELCA), que hoje reúne perto de 4,2 milhões de membros, em 10 mil igrejas historicamente é reconhecida como tradicional. Skogen é um dos líderes mais indignados com essas circunstâncias e afirma que atualmente a igreja “aceita e promove a falsa ideia de que a salvação é assegurada a essas pessoas que não têm fé em Cristo. É aceitável que eles tragam adoradores de Isis para uma conferência? É um grande afastamento do ensinamento da igreja cristã! Deus deixou claro em Êxodo 20:3: ‘Não terás outros deuses diante de mim’. Mesmo assim, essa igreja traz seguidores de outros deuses para falar e ensinar do púlpito!”, esbravejou o Pastor.
Fonte: Gospel+