A polêmica em torno da ex-missionária e hoje pastora gay Lanna Holder não termina. Famosa por seu testemunho sobre como venceu o lesbianismo e por suas polêmicas com recaídas e casos durante seu ministério, Lanna voltou recentemente a público ao assumir abertamente seu homossexualismo e fundar uma “igreja inclusiva” em São Paulo, a Comunidade Cidade do Refúgio.
Para Lana Holder e sua companheira, a também pastora, Rosania Rocha, a semana foi atribulada, foram inúmeras entrevistas para grandes veículos de imprensa como Globo e Folha, além de mídias evangélicas variadas. Quando questionada sobre as pregações e testemunhos que dava contra o homossexualismo que se contrasta com a realidade de hoje a pastora reconhece que “tudo aquilo que eu preguei não correspondia à verdade” e completa: “minha sexualidade não mudou. Mas, mesmo assim, me acho apta para exercer o ministério de Deus na minha vida”, acredita. Lanna afirma que agora volta aos púlpitos sem usar máscaras: “Eu sempre aprendi que o homossexualismo era possessão demoníaca e, mesmo depois de convertida, não entendia porque mesmo sendo usada com o dom da Palavra eu ainda continuava sentindo desejos homossexuais”, disse.
Sobre a denominação que fundou, Lanna garante não ser apenas uma igreja para “todos os que foram escorraçados pela intolerância”, como afirma à Folha, mas também uma igreja aberta a qualquer um: “Quando falamos sobre homossexualismo, prostituição e drogas a nossa abordagem é diferente. Iremos acolher uma prostituta, alcoólotra ou drogado, vamos tentar que eles mudem sua conduta de vida”, defende.
A líder da Cidade de Refúgio critica às igrejas evangélicas por se oporem ao homossexualismo, “o Evangelho não é nada disso que está se pregando, não é essa aversão, essa exclusão”, acredita. “Eles [pastores] dizem que não concordam com a gente, não entendem nosso ministério, mas que não sabem como ajudar os homossexuais e que vão mandá-los para a nossa igreja” afirma. Segundo ela os gays se sentem discriminados pelos cristãos e por isso são hesitantes e agressivos quando evangelizados. Lanna diz que muitos versículos bíblicos são mal utilizados para abominar o homossexualismo: “Existe um contexto em que não posso retirar um texto para fazer um pretexto”, enfatiza.
Apesar da ex-missionária acreditar que a homossexualidade não é um opção de cada pessoa, mas sim uma orientação que pode ser de nascença, Lanna afirma que o homossexualismo pode sim ser revertido em alguns casos e revela: “Se eu pudesse escolher, jamais seria lésbica”, disse a líder gay que em breve estará também na TV falando sobre sua crença e opinião.
Fonte: Gospel+