O pastor André Valadão está sendo criticado nas redes sociais por ter afirmado que a Polícia deve dar “tapão” na cara de bandidos. A afirmação foi feita depois que um seguidor, alegando ser policial militar, questionou se estava pecando por tentar “educar” marginais à base de tapas.
“Não! Tem que dar é tapão no meio da cara mesmo. Se não apanhou em casa, vai apanhar da Polícia. Pode sentar o tapa, dê com força”, disse André Valadão, demonstrando convicção na abordagem descrita pela grande mídia como “truculenta”.
A repercussão foi imensa nas redes sociais, e amplificada pelo site do jornal Estado de Minas, que publicou matéria sobre o episódio e compartilhou no Twitter o trecho do vídeo em que Valadão responde ao seguidor.
André Valadão diz que polícia tem que dar ‘tapão’ na cara de bandido; vejahttps://t.co/z7ipE6cO3V pic.twitter.com/nn8miZsYEA
— Estado de Minas (@em_com) March 11, 2021
Polêmicas
André Valadão afirmou, em setembro de 2019, que a homossexualidade é uma prática que “não condiz com a vida da igreja”.
“Eles podem ir para um clube gay ou coisa assim, mas na igreja não dá. Esta prática não condiz com a vida da igreja. Tem muitos lugares que gays podem viver sem qualquer forma de constrangimento, mas na igreja é um lugar para quem quer viver princípios bíblicos”, escreveu o pastor na ocasião, também respondendo a uma pergunta feita por um seguidor no Instagram sobre como agir no caso de “dois rapazes que estão namorando”.
Em consequência, a Associação Brasileira de Mulheres Lésbicas, Bisexuais, Travestis e Transexuais (ABMLBT) e o Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e de Gênero (GADvS) se uniram e fizeram um pedido pela abertura de uma ação penal contra o pastor da Lagoinha Orlando Church.
Na denúncia, as associações afirmam que André Valadão “reafirmou um cenário de subjulgação (sic), inferiorização, desumanização e exclusão dessas pessoas [LGBTQIA+] dentro de ambientes religiosos, proferindo um discurso de intolerância”. Em outubro, o Ministério Público Federal apresentou uma queixa-crime contra Valadão por suposta declaração homofóbica.