A jornalista-cidadã Zhang Zhan, uma cristã de 38 anos presa pelo regime comunista da China em maio de 2020, se tornou um símbolo de verdadeira resistência e fé em Deus, após ter desafiado a censura em seu país para reportar o início da pandemia do novo coronavírus na cidade de Wuhan.
Ela foi uma das quatro jornalistas desaparecidas, e posteriormente detidas, por divulgarem para o mundo o desenrolar da pandemia de forma independente. Ou seja, sem estar sob o controle da imprensa comunista local.
Condenada a quatro anos de prisão, Zhan quase perdeu a sua vida devido a um protesto que fez contra o governo, deixando de se alimentar, ocasião em que ficou com apenas 40kg. As autoridades comunistas lhe forçaram a comer e deixaram as suas mãos acorrentadas por meses.
Fé em Jesus
Agora, a cristã enviou uma carta para a sua mãe, que enfrenta uma luta contra o câncer. No documento, a jornalista independente que é advogada de formação prestou incentivos e declarou a sua fé em Jesus.
“Mamãe, aos meus olhos a tua vida não tem sido fácil, mas tu és forte. Sei que a minha consolação não está à altura do que tens sofrido”, disse ela, citando uma passagem localizada em Mateus 12.20.
“Mãe, esta é a promessa de Deus para nós. Que a chama da vida em seu coração fique cada vez mais forte para que você possa escalar uma colina após a outra”, diz a cristã na carta. “Espero que a mamãe tenha fé em Jesus como eu, pois Ele acrescentou muita doçura à minha dor”.
Uma das declarações famosas de Zhang Zhan faz referência à defesa da verdade. Ela disse que isso deve ser buscado a todo custo, mesmo que lhe custe a vida.
“Vou continuar a lutar de forma cristã, mesmo que custe a minha vida. Vou fazer que eles [as autoridades chinesas] se arrependam, e eu continuarei a orar para que o grande amor de Deus me guie”, declarou a cristã, segundo a ChinaAid.